O Paços de Ferreira vai iniciar a temporada 2022/23 com o plantel ainda em ‘obras’, numa empreitada carente de soluções no ataque, para lutar pela permanência na I Liga de futebol.
A continuidade do técnico César Peixoto, que substituiu com sucesso Jorge Simão a meio da época anterior, apontava para uma ideia de jogo positivo, assente num futebol apoiado, mas agora com maior agressividade ofensiva e mais golos.
Foi assim que o técnico lançou a temporada numa entrevista à agência Lusa, horas antes do arranque dos trabalhos, no final do mês de junho, na qual deixou claro que as contratações seriam “cirúrgicas” para “preencher saídas importantes”.
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O guarda-redes André Ferreira, uma das principais figuras na época passada, saiu, a dupla de centrais titulares, composta por Maracás e Marco Baixinho, também foi embora, o mesmo acontecendo com os médios Nuno Santos, que estava cedido pelo Benfica, e Hélder Ferreira e, ainda, Denilson, no ataque.
Jordi recuperou de lesão, após um ano de paragem, e pode considerar-se um importante reforço, enquanto o central Tiago Ilori, cedido pelo Sporting, é uma incógnita em função dos problemas físicos que lhe renderam somente 12 jogos nas duas últimas temporadas. Pedro Ganchas, contratado ao Benfica B em janeiro, poderá ter, finalmente, uma oportunidade na equipa.
O escocês Holsgrove, recrutado aos espanhóis do Celta de Vigo B, é apontado ao ‘onze’, mas está em fase de adaptação, o mesmo sucedendo com os igualmente estreantes Nigel Thomas, um extremo holandês, e Arthur Sales, um avançado brasileiro.
Havia ainda como alternativa João Magno, goleador brasileiro do Canelas, da Liga 3, mas as suas características não casaram com a ideia de jogo de César Peixoto e anteciparam um divórcio que o processo de recrutamento não conseguiu prever.
A demora em encontrar um substituto dá algumas pistas sobre os atuais recursos financeiros do clube.
A somar às escassas soluções ofensivas (o Paços marcou sete golos na pré-temporada, mas três deles aconteceram frente a uma seleção amadora do concelho, tendo sofrido apenas três, confirmando o melhor registo defensivo da época passada), o técnico terá ainda de gerir o esforço de alguns jogadores fundamentais em experiência e qualidade.
O defesa Antunes, o médio Luiz Carlos e o ‘maestro’ Gaitán, já ultrapassaram há muito tempo a barreira dos 30 anos.
A estreia do Paços no campeonato está marcada para Barcelos, na segunda-feira, altura para se começar a perceber se há gente para ‘cantar de galo’ na I Liga.
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