A I Liga regressa no próximo dia 3 de junho, debaixo de fortes medidas de segurança e de higiene devido à pandemia da COVID-19, que obrigou a competição a parar no passado dia 12 de março. 87 dias desde a última vez que a bola rolou, os jogadores regressam aos relvados, mas vão encontrar bancadas despidas. Isto porque todos os jogos serão realizados à porta fechada até ao final desta época.
O SAPO Desporto foi à procura dos grandes adeptos dos clubes da Primeira Liga que agora se vêem privados de apoiar o clube do seu coração ao vivo, nos respetivos estádios, para saber como estão a planear viver os restantes nove jogos que os seus emblemas têm em falta.
António Correia, adepto do Marítimo e membro da claque Fanatics 13, já sente falta do "calor" e do "barulho" dos Barreiros, mas apela ao cumprimento das medidas da DGS por parte dos restantes adeptos.
SAPO Desporto: Onde vai ver os jogos do Marítimo?
António Correia: Iremos reunir-nos em bares pertencentes a membros dos Fanatics. Assim também ajudamos os mesmos a recuperar algum fôlego após tanto tempo fechados.
SD: Pensa ir até ao estádio, mesmo não podendo entrar?
AC: Não está planeado juntarmo-nos antes dos jogos no estádio.
SD: Concorda com o regresso da I Liga ou acha que devia ter sido suspensa?
AC: Não concordamos com o regresso do campeonato. O futebol sem adeptos não é nada. Deveria ter sido suspenso e só retomado quando a pandemia estivesse completamente controlada. Mas interesses monetários estão por cima de qualquer massa adepta.
SD: De que é que vai sentir mais falta agora longe dos Barreiros?
AC: Sinto falta de estar na curva com os meus camaradas. Falta da emoção, do calor, do barulho, do gritar e abraçar após um golo do Marítimo.
SD: Tem algum ritual para ver a bola que agora não possa pôr em prática?
AC: O nosso ritual é reunirmo-nos antes dos jogos num bar nos arredores do estádio do Marítimo, tomarmos umas cervejas e pôr a conversa em dia.
SD: Que sugestão é que deixa aos adeptos do Marítimo para estes últimos jogos?
AC: A minha sugestão é que acima do futebol está a nossa saúde e a nossa família. Não podendo ir ao estádio, temos de arranjar novas formas de poder ver os jogos. E seja ela qual for, temos sempre de respeitar as regras da DGS de modo a podermos, o mais cedo possível, voltarmos ao estádio em força e apoiar a equipa da nossa terra.
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