A Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) veio a público defender Manuel Oliveira, árbitro que dirigiu o encontro do passado sábado entre V. Setúbal e FC Porto, que terminou com o triunfo dos 'dragões' por 2-0.

"Sempre que o árbitro Manuel Oliveira é nomeado para um jogo de maior visibilidade começa a circular uma fotografia nas redes sociais de forma a denegrir a imagem do árbitro", começa por dizer a APAF, aludindo a uma imagem em que o árbitro surge na bancada do Estádio do Dragão.

"Manuel Oliveira surge ao lado de um amigo de longa data e que ao contrário do que é repetido sobre essa imagem, o árbitro apenas está num momento da sua vida social, não está em nenhum camarote de honra, não foi convidado pelo clube e se o fosse naturalmente não aceitaria", pode ler-se.

Leia o comunicado na íntegra:

"Sempre que o árbitro Manuel Oliveira é nomeado para um jogo de maior visibilidade começa a circular uma fotografia nas redes socias de forma a denegrir a imagem do árbitro.

Nessa imagem (sempre a mesma), Manuel Oliveira surge ao lado de um amigo de longa data e que ao contrário do que é repetido sobre essa imagem, o árbitro apenas está num momento da sua vida social, não está em nenhum camarote de honra, não foi convidado pelo clube e se o fosse naturalmente não aceitaria.

Vivemos um tempo em que a propaganda impera e lamentavelmente, os órgãos de comunicação social oferecem o tempo e o espaço de que dispõem a este tipo de campanhas fúteis.

Este é um tempo em que os jornalistas deixaram de ser as pessoas mais importantes nos meios de comunicação social, pois se os jornalistas ainda dispusessem de liberdade editorial, um simples telefonema impediria a reprodução de mais uma mentira, que constantemente circula de forma propositada e intencional.

Infelizmente este é o tempo de luta de audiências, da caça ao clique, da busca de cada euro de publicidade.

Num tempo como este, lamentavelmente para o jornalismo e para os jornalistas os cidadãos devemos desconfiar de tudo o que se ouve e escreve nos media.

O caso da foto de Manuel Oliveira é apenas um entre muitos."