O Benfica anunciou esta semana que estava a ponderar recorrer da decisão do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol que ilibou o FC Porto e Jorge Nuno Pinto da Costa das acusações que pendiam sobre si no processo ´Apito final`. Em informação avançada pelo jornal ABola, os ´encarnados` anunciaram que iriam analisar o acórdão do Conselho de Justiça para tomar medidas.
"O Benfica manifesta a sua indignação e perplexidade por uma decisão tardia e incompreensível, que procura limpar algo que toda a gente sabe que aconteceu e, pior, suscita as mais variadas questões. O Benfica não conhece o acórdão. Quando tiver acesso ao mesmo tomará uma posição final sobre o assunto", disse fonte do clube ao jornal desportivo.
Ora essa decisão dos ´encarnados` já mereceu resposta por parte do FC Porto. Através da newsletter ´Dragões Diário`, o clube azul-e-branco questiona esta opção do Benfica por entender que não é parte do processo, nem assistente nem esteve na origem da queixa.
"O Benfica vai recorrer por alma de quem? É uma parte do processo? É assistente? Esteve na origem da queixa? Tem alguma ligação à primeira decisão de Ricardo Costa? Reconhece a paternidade da 'reunião' clandestina de julho de 2008 que foi considerada nula? Acima de tudo: alguém do Benfica tem coragem para dar a cara e assumir que esta decisão é uma derrota do clube? Ou então, no limite, são capazes de reconhecer que uma comunicação assente em falsidades e na deturpação da realidade só se compadece com o anonimato de quem fala em nome do clube?", pode ler-se no 'Dragões Diário' desta terça-feira.
O Conselho de Justiça (CJ) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) decidiu, a 05 de julho, absolver Jorge Nuno Pinto da Costa da infração disciplinar de ‘corrupção da equipa de arbitragem’ no jogo Beira-Mar - FC Porto, disputado a 18 de abril de 2004.
Esta decisão decorre do “trânsito em julgado, em 15 de dezembro de 2016, do acórdão do Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa que considerou ‘inexistente’ o acórdão do CJ da FPF de 04 de julho de 2008”, que julgou improcedente o recurso de Pinto da Costa das decisões do ‘Apito Final’.
Em causa estava a subtração de seis pontos ao clube, que se sagrou campeão nessa temporada, com 20 pontos de vantagem sobre o Sporting, segundo classificado, a suspensão por dois anos de Pinto da Costa, assim como uma multa de 150 mil euros aos ‘dragões’.
Em 04 de julho de 2008, o então presidente do CJ da FPF, António Gonçalves Pereira, deu início à reunião do órgão, mas, face à decisão de que um dos membros, João Abreu, não deveria participar ou votar na mesma e do consequente clima de “tumulto”, considerou existir uma “impossibilidade prática para poder deliberar com serenidade”.
O CJ reuniu mais tarde, já sem os seus presidente e vice-presidente Elísio Amorim e sob a liderança do conselheiro Álvaro Batista, numa continuidade que foi judicialmente considerada nula.
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