Na matemática das promoções e despromoções, há dois factos geográficos que são indesmentíveis. 26 anos depois, a I Liga volta a estar representada com uma equipa da Beira-Alta, com o Tondela. Com a subida do União, a Madeira passa a ter três clubes na I Liga.

O futebol é um dos desportos mais apaixonantes do mundo, também por ser um dos mais imprevisíveis. Num minuto, o sonho de subida do Chaves esfumou-se, com o golo do empate do Tondela frente ao Freamunde apontado por André Carvalhas já no período de descontos. No final da partida, os adeptos puderam festejar o título de campeão da II Liga e a subida à primeira divisão.

Em Marvila, o União da Madeira também lançou os foguetes da festa e celebrou a subida ao primeiro escalão. Os insulares confirmaram o título de vice-campeões depois de baterem o Oriental por 3-0. Apesar de ter terminado o campeonato com os mesmos pontos que o Chaves e o Covilhã, ainda assim a equipa madeirense levou vantagem.

Em termos estatísticos, o União da Madeira somou 12 vitórias fora de casa. Já o Tondela foi imperial em sua casa, vencendo 13 jogos.

Em 82 anos de história é a primeira vez que o Tondela sobe à I Liga. A equipa madeirense regressa ao escalão maior do futebol português, 20 anos depois da última participação. Nota de destaque para o treinador Vítor Oliveira, que soma no currículo sete subidas de divisão.

E porque na história também há lugar para os vencidos, de referir que Gil Vicente e Penafiel foram os clubes que desceram à II Liga. Os homens de Barcelos, comandados por José Mota, estavam obrigados a vencer na penúltima jornada da Primeira Liga o já despromovido e "lanterna vermelha" Penafiel. No entanto, acabaram por ser derrotados por 2-1. Gil Vicente e Penafiel somaram apenas 23 e 22 pontos, respetivamente, e baixam ao segundo escalão.