A Associação Vitória Sempre, que representa adeptos do Vitória de Guimarães, pediu à mesa da Assembleia-Geral do clube da I Liga portuguesa de futebol para alterar o local da reunião magna extraordinária de 29 de maio.

Os minhotos informaram, na quinta-feira, que a reunião magna vai decorrer no pavilhão Unidade Vimaranense, com um limite máximo de 282 sócios, segundo as mesmas regras sanitárias da Assembleia-Geral anterior, realizada em 10 de outubro de 2020, e a associação enviou uma carta aberta ao presidente da mesa, José Antunes, para lhe pedir que escolha um local capaz de acolher mais pessoas.

"Em defesa dos interesses de todos os sócios, proceda à alteração do local da Assembleia-Geral extraordinária, pois, caso não o faça, tememos que poderá ficar associado a uma página negra deste clube quase centenário. E, como é óbvio, ninguém quererá que isso suceda", lê-se na carta também enviada à comunicação social.

No texto, a Associação Vitória Sempre diz "não entender" a razão para a escolha do pavilhão do clube, quando há "alternativas válidas" em Guimarães para reunir mais sócios na Assembleia-Geral marcada para as 14:00.

A entidade fundada em 2005 defendeu ainda que "seria de bom tom" tornar público não só o parecer da Direção-Geral de Saúde definindo o limite de 282 sócios no pavilhão, como ainda "todas as comunicações mantidas com a referida entidade de saúde", para que "não exista um sócio com a impressão de que o pedido foi efetuado de modo inquinado e falacioso", para tentar "reduzir ao máximo a possibilidade dos presentes no local".

A Assembleia-Geral extraordinária vai realizar-se depois da direção presidida por Miguel Pinto Lisboa ter solicitado, em 13 de abril, a marcação de uma reunião para o "esclarecimento dos associados acerca do presente e do futuro da instituição".

A ordem de trabalhos publicada na semana passada indica, porém, que a reunião magna servirá para a "discussão de assuntos de reconhecido interesse associativo", algo que também mereceu críticas da Associação Vitória Sempre.

"Estamos perante um conceito vago, indeterminado e que, acima de tudo, foi alterado ao pedido solicitado pela direção. O que levou vossa excelência a alterar o que estava inicialmente estipulado? Como pretende que os sócios se preparem para a discussão de algo, através de um ponto vago, abstrato, sem concretização prática? Pretende um diálogo aberto e construtivo para o futuro do clube?", lê-se na carta.

A associação acusou também José Antunes de desempenhar o cargo de "modo parcial e faccioso", questionando-o acerca do que "o impede de pugnar para que todos os sócios possam ser esclarecidos sobre o que se passa no Vitória".