A Associação Portuguesa de Estádios (APE) quer evitar a má gestão dos estádios em Portugal, propondo-se formar clubes e restantes entidades gestoras para evitar “elefantes brancos”.
O presidente da APE, Leonel Pontes, diz que é tempo de “dar vida” à associação, que “tem estado em banho-maria” e pretende melhorar a imagem que os estádios têm junto da sociedade.
“Os estádios colocam Portugal no mundo por causa do futebol. Por outro lado, são um bom veículo de promoção turística do país, gerem emprego, pagam impostos e têm uma componente de carácter social importante”, sublinha o presidente.
Por isso, Leonel Pontes pretende que a APE trabalhe para mostrar que “os estádios portugueses não são ‘elefantes brancos’, mas activos rentáveis”.
“Estes estádios não podem ser vistos como um prejuízo para o erário público. Têm de ser vistos como agentes económicos, que devem ter desporto e actividades de carácter acessório”, defende.
A APE diz-se “preocupada” com os estádios menos rentáveis: “Gostaríamos que todos estivessem devidamente aproveitados”. Para auxiliar os gestores das infraestruturas desportivas nacionais, a associação vai organizar no Estádio do Dragão, a 28 de Outubro, um seminário que vai contar com intervenções de Fernando Gomes, presidente da Liga de Futebol, António Laranjo, director do Euro 2004, e Pedro Afra, administrador e director geral do Sporting entre 2000 e 2010, entre outros.
“Não temos a pretensão de dar lições de gestão a ninguém, mas pretendemos que fique devidamente tratada a gestão das infraestruturas, para além da prática desportiva”, refere o presidente da APE.
Com o seminário, a associação procura “oferecer algumas respostas aos estádios menos rentáveis”, através das “experiências dos estádios que têm saber feito e que podem ser catalisadores para a gestão de outros estádios”.