A ausência de uma proposta de consenso para definir o modelo de auditoria ao Vitória de Setúbal levou o presidente da assembleia geral (AG), Fernando Cardoso Ferreira, a dar hoje por terminada a reunião magna do clube.
O adiamento da AG no pavilhão Antoine Velge deveu-se ao facto de a Comissão da auditoria e de a direção, que tinham apresentado a 07 de março propostas distintas, não terem conseguido chegar a um acordo, ficando prevista nova AG para o próximo mês de outubro.
Paulo Mateus, presidente do Conselho Fiscal e Disciplinar (CFD), órgão que solicitou a marcação da AG, explicou as razões pelas quais não foi possível chegar a uma solução de consenso entre a Comissão da auditoria e a direção.
"Não existindo um documento global com o entendimento entre a proposta da direção e da Comissão da auditoria, a mesa da AG propôs que se desse mais tempo para haver um consenso entre as partes, ou seja, Comissão, Conselho Fiscal e direção para chegarmos a um, relatório conjunto e definitivo", explicou à Lusa no final da reunião que teve a duração de pouco mais de uma hora.
O dirigente fez questão de explicar que a Comissão procurou fazer o seu trabalho.
"Havendo abertura da direção para o fazermos será uma situação positiva para levarmos para a frente e tentar chegar a um entendimento final. A comissão fez o seu trabalho e tinha a proposta da auditoria totalmente definida nos termos necessários. No entanto, acho que deve existir um entendimento com a direção para fazermos o projeto em conjunto", frisou.
Paulo Mateus explicou à Lusa as razões pelas quais não foi possível chegar a um entendimento entre a direção e a Comissão da auditoria, liderada pelo associado Nuno Soares.
"Houve uma reunião entre a direção e a Comissão que não foi totalmente conclusiva. Tentámos ir ao encontro do que são os anseios da direção, mas há sempre um ponto de difícil entendimento, que são as datas de início e fim da auditoria. Vamos ter de conseguir esse consenso porque senão teremos dificuldade em produzi-la", referiu.
O líder do CFD do Vitória de Setúbal fez questão de sublinhar que existia uma proposta elaborada pela Comissão de auditoria, mas a mesma não chegou a ser apresentada aos sócios por não ser uma solução de consenso.
"Havia uma proposta de auditoria, mas não era de consenso. Era apresentada pela Comissão dentro dos moldes que estavam previstos anteriormente com diferenças que foram tratadas na reunião que houve com a direção, mas não era uma proposta de entendimento. É importante continuar a fazer-se este trabalho. Esperamos fazê-lo nas próximas semanas", concluiu.
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