A comitiva do SC Braga foi atacada na auto-estrada, no regresso de Paços de Ferreira, confirmou o clube em comunicado divulgado na madrugada deste sábado.

Pedras de "grandes dimensões" foram atiradas na direção do autocarro da equipa, do carro do presidente, António Salvador, e de uma terceira viatura de apoio. Todos seguiam na A7 com escolta da GNR, após a vitória na Mata Real (5-1), quando se deu o incidente, perto da saída para Guimarães Sul.

Segundo o jornal Correio da Manhã, uma pedra com mais de um quilo foi arremessada em direção ao autocarro, mas acabou por atingir o carro de um segurança do clube, que ficou ferido e teve de receber assistência hospitalar.

O SC Braga já apresentou queixa às autoridades sobre o sucedido e repudia o episódio.

"O futebol não pode ser um veículo de ódios tão primários e de comportamentos criminosos, mas cabe às forças da autoridade a tomada de ações imediatas, evitando a todo o custo que chegue o dia em que lamentemos consequências mais dramáticas", pode ler-se no comunicado.

O SC Braga goleou o Paços de Ferreira por 5-1 e manteve a quarta posição da I Liga, com 56 pontos, a três do Sporting, terceiro classificado.

Leia na íntegra o comunicado do Braga:

"Por dever de denúncia pública, o Braga confirma as notícias que dão conta de que a sua comitiva foi atacada na viagem efetuada após a vitória em Paços de Ferreira. Apesar da escolta de batedores da GNR, as viaturas onde seguiam a equipa e os responsáveis do Clube foram apedrejadas na auto-estrada A7, já próximo da saída para Guimarães Sul. A comitiva - que incluía o autocarro, a viatura do Presidente e um veículo de apoio - foi surpreendida com o arremesso de pedras de grande dimensão, atiradas a partir da berma e que por mera felicidade não resultaram em ferimentos que, dado o porte dos objetos e a velocidade a que seguiam as viaturas, poderiam revestir-se de enorme gravidade para os elementos que integravam a comitiva.

Se a cobardia daqueles que levam a cabo tais ataques não pode sequer ser adjetivada, importa porém alertar consciências e tomar medidas de escrupulosa severidade para que tais atentados à vida humana não se repitam. O futebol não pode ser um veículo de ódios tão primários e de comportamentos criminosos, mas cabe às forças da autoridade a tomada de ações imediatas, evitando a todo o custo que chegue o dia em que lamentemos consequências mais dramáticas. Quem repetidamente age na impunidade e coloca em risco vidas alheias não pode ter lugar na nossa sociedade e deve ser encarado como uma séria ameaça à mesma e à segurança que todos prezamos.

O Braga já apresentou as devidas queixas policiais e acompanhará ativamente este processo, que se espera exemplar e dissuasor de episódios futuros."