O autocarro do FC Porto chegou ao Estádio do Dragão na madrugada deste domingo, por volta das 03h00, e foi recebido por mais de uma dezena de adeptos visivelmente irritados e insatisfeitos com a derrota por 2-0 contra o Estrela da Amadora, em jogo da 31.ª jornada da Liga.

O descontentamento dos fãs foi expresso através de insultos e palavras fortes dirigidas à administração do clube e à equipa treinada por Martín Anselmi.

Perto do P1 do Estádio do Dragão, os adeptos mostraram a sua frustração em relação ao desempenho da equipa e à direção liderada por André Villas-Boas, enquanto elementos da Polícia de Segurança Pública (PSP) e da Guarda Nacional Republicana (GNR) montavam um dispositivo de segurança para garantir a ordem.

"O FC Porto é nosso e há de ser", "filhos da p***", "palhaços, joguem à bola" e "isto não é o FC Porto" foram algumas das expressões ouvidas durante a manifestação de descontentamento.

O ambiente de tensão manteve-se durante a saída dos jogadores, que, ao saírem nos seus carros, foram abordados pelos adeptos, que tentaram deixar mensagens para a equipa.

O momento mais tenso ocorreu quando João Begonha Borges, elemento do Conselho de Administração da SAD, saiu do estádio. "É mais do que os outros, vai ser o salvador", ouviu-se, em tom irónico, perante o dirigente.

A saída do Estádio José Gomes também não foi pacífica. O autocarro do FC Porto demorou cerca de uma hora e meia a sair da Amadora após o jogo, devido aos confrontos à porta do estádio. Durante os incidentes, um polícia ficou ferido, o que gerou ainda mais tensão entre os presentes. A derrota frente ao Estrela da Amadora deixou o FC Porto matematicamente afastado da luta pelo título, e André Villas-Boas, que hoje cumpre um ano à frente da presidência do clube, também foi alvo de protestos por parte dos adeptos.