Onze dos 18 clubes que participaram na edição 2022/23 da I Liga portuguesa de futebol levaram os seus treinadores do início ao fim, numa edição com apenas duas ‘chicotadas’ na segunda volta.

Desta vez, os que mudaram foram exceção e, entre estes, o clube melhor classificado foi o Famalicão, que cresceu imenso com a troca, logo após a sétima ronda, de Rui Pedro Silva por João Pedro Sousa, que saltou do 16.º para o oitavo lugar.

As restantes mexidas aconteceram todas na segunda metade da tabela, com os três últimos como grandes protagonistas das ‘danças’ de treinadores.

O Paços de Ferreira, que estava na quarta presença consecutiva, teve o ‘percurso’ mais estranho, pois começou e acabou com César Peixoto, mas, pelo meio, despediu-o e, depois, voltou a contratá-lo.

Após ter fechado 2021/22 no 11.º lugar, o ex-jogador de Benfica, FC Porto e Sporting de Braga foi dispensado após a nona ronda e resgatado à 15.ª, já que o regresso de José Mota não teve os efeitos pretendidos. Acabou por cair.

Por seu lado, o Marítimo, que vai ter de jogar um play-off para evitar ‘voltar’ a 1984/85, teve três treinadores (Vasco Seabra, João Henriques e José Gomes), tal como o Santa Clara, despromovido pelas mãos de Mário Silva, Jorge Simão e o brasileiro Danildo Accioly.

Os outros clubes que mudaram, fizeram-no só por uma vez, nomeadamente o Gil Vicente (Ivo Vieira por Daniel Sousa), o Vizela (Álvaro Pacheco por Tulipa) e, já na segunda volta, o Estoril Praia (Nélson Veríssimo por Ricardo Soares).

A maioria dos participantes na edição 2022/23 da I Liga optou, porem, por manter os técnicos de princípio ao fim, nomeadamente o campeão Benfica, que voltou aos títulos, quatro anos depois, sob o comando do estreante alemão Roger Schmidt.

O ‘vice’ FC Porto foi orientado pela sexta época consecutiva por Sérgio Conceição, e o Sporting de Braga fechou o pódio sob o comando de Artur Jorge, que cumpriu a primeira temporada completa.

Campeão em 2020/21, Rúben Amorim viveu uma época de sobressaltos em Alvalade, mas não caiu, apesar do quarto lugar, na sua quarta época no clube, ao qual chegou já na segunda metade de 2019/20, proveniente dos ‘arsenalistas’.

Armando Evangelista conseguiu que o Arouca repetisse o seu melhor lugar de sempre, o quinto, e Moreno aguentou-se estoicamente no sempre complexo Vitória de Guimarães, que repetiu o lugar europeu da época passada.

Petit (Boavista) e Paulo Sérgio (Portimonense) também se aguentaram sem grandes problemas, tal com os três técnicos que conduziram equipas provenientes da II Liga, casos de Vítor Campelos (Desportivo de Chaves), Filipe Martins (Casa Pia), Luís Freire (Rio Ave), que acabaram perto da Europa.