O Moreirense concluiu a I Liga portuguesa de futebol com 55 pontos, o melhor registo em 13 participações, e foi sexto classificado em temporada de regresso à elite, marcada pela robustez defensiva e o equilíbrio em campo.

Campeã da II Liga em 2022/23, a formação da vila de Moreira de Cónegos, no concelho de Guimarães, terminou o principal campeonato luso com quatro vitórias consecutivas e igualou a sua melhor classificação, alcançada em 2018/19, temporada em que fixou o anterior recorde de 52 pontos.

Os minhotos tiveram ainda a quarta melhor defesa do escalão principal, com 34 golos sofridos, e completaram 16 partidas com a baliza a salvo, o maior número da prova, a par do Sporting, campeão nacional, e do Benfica, vice–campeão.

Contratado ao ‘secundário’ Mafra, sem experiência de I Liga, o treinador Rui Borges referiu, várias vezes, que o “equilíbrio em todos os momentos do jogo” definiu a equipa vimaranense ao longo de uma prova que se iniciou com três derrotas em cinco jogos, perante FC Porto (2–1), Sporting de Braga (3–2) e Sporting (3–0).

Ultrapassado esse arranque teoricamente difícil, o Moreirense alcançou seis vitórias e quatro empates nas 10 jornadas seguintes, período em que ascendeu ao quinto lugar, com o triunfo sobre o Estrela da Amadora (1–0) à 11.ª jornada, antes do regresso ao sexto na ronda seguinte, a do empate caseiro com o Benfica (0–0).

A equipa ‘verde e branca’ concluiu a primeira volta com 29 pontos, já depois da transferência de André Luís, melhor marcador ‘cónego’, com seis golos, para os chineses do Xangai Shenhua, e viu o acerto ofensivo diminuir de 24 golos na primeira metade da prova para 12 na segunda.

Depois da alternância entre triunfos e desaires no início da segunda volta, os ‘cónegos’ atravessaram um ‘jejum’ de quatro jogos sem vencer, entre as jornadas 27 e 30, e caíram para a sétima posição, por troca com o Arouca, antes de recuperarem o sexto lugar na ‘ponta’ final.

A equipa treinada por Rui Borges apresentou–se ao longo da temporada num sistema tático 4x2x3x1, com Gonçalo Franco, jogador do plantel com mais minutos na I Liga (2.735), a integrar o par mais recuado do meio–campo com Ofori, quarto elemento mais utilizado (2.470 minutos).

O extremo Camacho, com quatro golos e cinco assistências, e o médio ofensivo Alanzinho, com três golos e quatro assistências, também se destacaram numa equipa segura, apesar da rotação na defesa, e sem substituto à altura de André Luís num ‘leque’ de pontas de lança que somou três golos.