O presidente demissionário da SAD da União de Leiria, João Bartolomeu, anunciou esta sexta-feira que vai penhorar os bens de alguns atletas que rescindiram contrato de forma coletiva.
João Bartolomeu admitiu o atraso no pagamento de três meses de salário e pediu «desculpa» aos atletas, mas revelou que o departamento jurídico da SAD está a preparar várias ações contra os 13 jogadores que rescindiram.
«Os juristas estão a preparar os processos para entrar nos tribunais civis e são muitos. E vamos para a FIFA ou até às últimas consequências. A lei de trabalho é clara, apesar dos atletas serem os menos culpados», revelou o presidente demissionário.
Prosseguindo na explicação, Bartolomeu referiu que a «rescisão coletiva não produz efeitos na data em que ocorreu o jogo no passado domingo», porque a SAD só recebeu a carta da rescisão na quarta-feira.
Por isso, os jogadores, de acordo com o dirigente, «tinham de jogar com o Feirense e treinar no sábado», mas como «faltaram», a SAD vai «pedir indemnizações gravíssimas a todos os atletas».
«Têm de entender a gravidade da sua decisão. Vamos penhorar os bens de alguns atletas», acrescentou.
Respondendo às acusações do presidente do Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol, que acusou a SAD de coação sobre os jogadores estrangeiros, João Bartolomeu garantiu que não falou com nenhum deles.
«Nem falo línguas. Só espanhol e mal», garantiu.
A SAD apelou, na quarta feira, aos jogadores que rescindiram contrato para regressarem sob pena do clube desistir da competição, mas nenhum cedeu, tendo Bartolomeu garantido agora que não vai «pedir a nenhum atleta para voltar».
No entanto, se algum quiser regressar «tem a porta aberta».
O dirigente recusou-se ainda a responder à pergunta se os jogadores que tinham rescindido e voltaram atrás já têm os salários regularizados.
«Não vou comentar assuntos internos da SAD», respondeu.
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