Bruno de Carvalho voltou a pedir militância aos sportinguistas para que possa levar avante as propostas do seu programa eleitoral. Numa sessão de esclarecimentos a comentadores e jornalistas, o líder leonino abordou a Assembleia-geral do próximo sábado e avisou que caso deixe o clube, nunca mais voltará a candidatar-se.

"No dia em que sair do Sporting, saio. Não sou politiqueiro, não preciso de aclamações. Sou muito altruísta, mas no mínimo tenho de sentir a gratidão. A partir do momento em que não sentir, não venho outra vez, porque afinal significa que não tenho a mais-valia para o Sporting que pensava que tinha", começou por explicar.

"Vou dizer uma frase que disse numa Assembleia Geral. Com os sportinguistas atrás, farei tudo, levarei o Sporting ao céu. Não tenho dúvidas. Sem os sportinguistas atrás, matam-me. Neste momento estão quase a matar-me e a culpa sinceramente está a ser dos sportinguistas, porque eu preciso de militância e disse que não ia passar um segundo mandato igual ao primeiro. Efetivamente militância continua a ser pouca", disse Bruno de Carvalho, em declarações reproduzidas pela edição online do jornal Record.

Na sua intervenção, o líder leonino explicou a importância de haver um regulamento disciplinar no clube.

"Não podemos continuar num clube sem o regulamento disciplinar. Lembra a alguém uma instituição da dimensão mundial do Sporting não ter um regulamento disciplinar? Por que não fizemos no primeiro mandato? Porque tivemos muito trabalho. As pessoas do Conselho Disciplinar estão aqui por amor ao Sporting e não podem fazer tudo ao mesmo tempo. Mas esta teia toda que foi descoberta mereceu-nos alguma reflexão. Havia sócios do Sporting a passar informação confidencial para os rivais", justificou.

Bruno de Carvalho falou ainda da lista que divulgou e onde continha os nomes de alguns sportinguistas que não concordam com as suas ideias. O presidente do Sporting explicou que aceita a crítica, mas não a calúnia e a injúria.

"A crítica bem-feita, tem sido aproveitada. Muitas coisas foram corrigidas por comentários que me chegaram. Sou acusado de perseguir quem me critica. É assustador. Não podemos confundir crítica com calúnia, injúria e difamação. E criaram-me este rótulo. Vivo disto, também sou humano. A minha lista é de Schindler, permite a 3,5 milhões perceberem a quem me refiro. Da sessão de esclarecimentos, de 46 foram 5. É de coragem quem é acusado dizer quem são. Se aquelas 46 pessoas não gostam desta Direção, seriam a plateia ideal para esclarecer as propostas. Gostei da expressão, a minha lista foi de Schindler, de facto. Mostrou frontalidade, não andei pelas costas a dizer coisas. Um clube da dimensão do Sporting não deve tolerar calúnia, injúria e difamação", sublinhou.