O Benfica viu-se este sábado derrotado por 2-1 pelo Casa Pia em Rio Maior. As águias até marcaram primeiro, de penálti, por Di María, mas um erro defensivo permitiu aos anfitriões empatarem ainda no primeiro tempo. Depois, no segundo tempo, o Casa Pia virou o marcador e, com as águias balanceadas desesperadamente para a frente em busca do empate, chegou mesmo ao 3-1 no derradeiro lance do jogo.
O Casa Pia somou assim o sétimo jogo sem perder na prova, conquistando a quinta vitória nos últimos seis encontros na I Liga e segue na sexta posição, com 30 pontos. Já o Benfica sofre a terceira derrota nas últimas quatro jornadas, mantém os mesmos 41 pontos e pode ver o Sporting fugir ainda mais no topo da tabela.
Águias entram bem, marcam cedo e ameaçam o segundo
O Benfica entrou em campo com algumas mexidas no onze em relação aos últimos jogos. Andreas Schjelderup, por exemplo, começou no banco, Di María regressou à titularidade e Arthur Cabral foi o ponta-de-lança, relegando para o banco Pavlidis, vindo de um hat-trick a meio da semana. Mas apesar das mexidas as águias entraram bem no jogo, criando alguns lances de perigo e acabando por marcar cedo.
Arthur Cabral ficou perto de marcar por duas vezes, antes de, aos 12 minutos, Leandro Barreiro ser derrubado por Tchamba na grande área do Casa Pia. Grande penalidade a beneficiar o Benfica, que Di María não perdoou.
O domínio encarnado prosseguiu e o segundo golo esteve à vista volvidos alguns minutos. José Fonte perdeu a bola, Di María cruzou de pronto para Akturkoglu, que rematou de pé direito à trave.
Erro e adormecimento ditam cambalhota no marcador
Porém, o Casa Pia, que poucas vezes tinha ainda surgido perto da grande área contrária, acabou por chegar ao empate pouco depois de meia hora de jogo, beneficiando de uma falha da linha defensiva encarnada. O Benfica tentou sair a jogar, António Silva viu um passe interceptado em zona proibida por Beni, que de pronto tocou para Cassiano e este, à entrada da área, atirou colocado a meia altura, para um bonito golo, restabelecendo a igualdade.
O lance não serviu de lição e o Benfica apanhou novo susto quase de seguida, em nova falha na tentativa de sair a jogar a partir de trás. O Casa Pia voltou a recuperar a bola no terço ofensivo e Otamendi acabou por derrubar Nuno Moreira depois deste ter rematado. O árbitro inicialmente marcou grande penalidade, mas alertado pelo VAR foi rever as imagens e percebeu que a infração tinha ocorrido fora da grande área.
A primeira parte terminou com Kokçu a testar as qualidades do guarda-redes do Casa Pia num raro lance de perigo criado pelas águias após sofrerem o golo do empate e a segunda parte começou com o Benfica meio adormecido, a mostrar dificuldades para criar perigo. O Casa Pia, pelo contrário, mostrava-se capaz de chegar rápido à grande área contrária e fez mesmo a cambalhota no marcador.
Larrazabal ganhou a Carreras e arrancou para a área do Benfica, cruzou rasteiro na direção de Nuno Moreira e este ainda teve tempo para ajeitar e atirar colocado de pé direito faz o 2-1.
Inoperância e machadada final ao cair do pano
Em desvantagem, o Benfica procurou inverter o rumo dos acontecimentos, mas poucas vezes ameaçou verdadeiramente a baliza do Casa Pia. Bruno Lage tentou o tudo por tudo lançando, primeiro, Schjelderup e Pavlidis (saíram Akturkoglu e Florentino), e depois Aursnes, Amdouni e o reforço Manu Silva (saíram Di Maria, Arthur Cabral e Leandro Barreiro), mas só num cabeceamento de António Silva e num livre de Kokçu à beira do fim ameaçaram.
E acabou mesmo por ser o Casa Pia a dar a machadada final no jogo, com o Benfica balanceado para o ataque, no último lance do encontro. Tchamba despejou na frente, Livolant dominou e tocou para Livolant que, perante Trubin, atirou para o 3-1 e sentenciou a partida.
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