A SAD do Benfica anunciou hoje um resultado líquido consolidado positivo de 4,6 milhões de euros no primeiro semestre da época desportiva, para o qual contribuem sobretudo 20,5 milhões de euros de receitas com prémios da UEFA.
No Relatório e Contas da Benfica SAD, a empresa-mãe do conjunto de empresas que compõem o universo do Benfica destaca o “crescimento ocorrido na rubrica de rendimentos operacionais e a diminuição dos ganhos provenientes das alineações de direitos de atletas” de 01 de julho a 31 de dezembro de 2015.
“O resultado operacional sem atletas atingiu os 11,9 milhões de euros, o que representa uma variação positiva de 10,3 milhões de euros face ao período homólogo, sendo essencialmente explicada pelo aumento de 7,5 milhões de euros nas receitas com os prémios da UEFA e pela redução dos gastos com o pessoal em três milhões de euros”, pode ler-se.
No documento, a Benfica SAD salienta que os rendimentos operacionais ascenderam a 64,9 milhões de euros, um crescimento de 16,1% face ao período homólogo, e que o resultado operacional consolidado ascendeu a 13,5 milhões de euros.
Os rendimentos obtidos com a participação na Liga dos Campeões superaram os 20,5 milhões de euros no primeiro semestre da época desportiva, “passando a ser a fonte de rendimentos operacionais mais relevante” e tendo-se aproximado “dos ganhos obtidos com as alienações de direitos de atletas” no decurso do semestre - que ascenderam a 23,5 milhões de euros (sobretudo influenciadas pelas vendas dos direitos de Ivan Cavaleiro ao AS Mónaco e Lima ao Al-Ahly, do Dubai, que renderam 22,2 milhões de euros à SAD).
O ativo consolidado da Benfica SAD ascendeu a 435 milhões de euros, uma variação positiva de 1,1% no decorrer deste semestre, enquanto o passivo consolidado diminuiu 0,1 % face a junho de 2015, refere o relatório.
Face ao resultado líquido do semestre, o capital próprio da empresa a 31 de dezembro de 2015 apresentou também uma evolução positiva face a 30 de junho de 2015, superando os 5,6 milhões de euros.
Referindo-se à presente época como “de transição”, o Conselho de Administração da SAD manifesta no documento a convicção de que “os principais impactos das mudanças levadas a cabo durante o primeiro semestre estão absorvidos pela organização” e que “próximos meses permitirão tirar partido das novas orientações estratégicas implementadas no primeiro semestre”.
“A aposta na formação como um dos principais campos de recrutamento para a equipa A é uma aposta ganha. Assim, o futuro permitirá ver no nosso plantel um cada vez maior número de jogadores formados internamente”, pode ler-se no documento, em que é referida ainda a intenção da SAD de “implementar uma estratégia mais agressiva de expansão internacional da marca”.
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