Sergio Romero tem sido insistentemente associado ao Benfica, visto como o sucessor ideal de Oblak depois do nível exibicionbal apresentado no Mundial’2014. O negócio parece estar perto de ser concretizado. A Sampdória, clube detentor do seu passe, está disposta a negociar o jogador por um milhão de euros e veria com bons olhos a saída de um ativo cujo contrato expira em 2015 e tem um salário anual de 1,7 milhões.

Gustavo Piñero trabalhou com o sul-americano várias vezes, tendo sido responsável pela ascensão do guarda-redes à formação principal do Racing Avellaneda aos 19 anos e deixa muitos elogios ao jogador de 27 anos. Mais tarde trabalhou com o futebolista no AZ Alkmaar e durante o período em que Maradona foi selecionador argentino (entre 2008 e 2010).

“Destaco a sua personalidade, concentração e sobriedade. É um rapaz muito sério e cem por cento profissional. Só se preocupa em render o máximo e ignora o ruído à volta dele. Dá muita segurança à equipa sem ter necessidade de ser espetacular nas defesas que faz. Nunca vai fazer algo estúpido. É isso que vai trazer ao Benfica caso seja contratado”, afirmou ao jornal O Jogo.

Pouco conhecido na Argentina devido à sua precoce mudança para a Europa, Romero tornou-se um herói no seu país depois de defender duas grandes penalidades na meia-final do Campeonato do Mundo, frente à Holanda. Piñero destaca precisamente a sua capacidade entre os postes. “Recomendei-lhe que abrisse os braços na altura da cobrança. Ele já tem 1,94, mas a sensação que dá é que é ainda maior. Assim, o marcador tem tendência a colocar demasiado a bola e existe a possibilidade que mande fora, que acerte num dos postes ou que Romero voe para agarrar a bola”, garantiu.

O técnico de guarda-redes diz que a falta de oportunidades no Monaco na última época, não inviabilizaram o sucesso que teve no Brasil. “Romero só teve oportunidades esporádicas em França. No entanto, o atual selecionador [Alejandro Sabella] escolheu-o e ele mostrou durante todo o Mundial que a escolha foi a mais acertada. Até podem destacar um guarda-redes que defende tudo num jogo como aconteceu com Ochoa frente ao Brasil, mas quem marca a diferença são os que são obrigados a intervir uma ou duas vezes por jogo e respondem com segurança”, explicou depois.