Foi bom enquanto durou, mas já estava na hora de treinadores, jogadores e dirigentes terem uma noite descansada. À exceção de Adrien, que esteve ‘no limbo’ pela noite dentro, enquanto a entrada no Leicester aguardava pela apreciação e aprovação por parte da FIFA. Há precisamente um ano, o capitão do Sporting esteve com um pé e meio no então campeão inglês, mas o acordo acabou por não ser fechado.
Agora, foi preciso os ‘foxes’ pedirem uma extensão de duas horas do período de transferências, sendo que a entrada do médio português só foi desbloqueada pela saída de Daniel Drinkwater para o Chelsea. Segundo os últimos relatos da imprensa inglesa, por um valor a rondar os 29 milhões de euros.
Mas não só de Adrien se fez o último dia do mercado. O Benfica vendeu ainda o passe de Kostas Mitroglou ao Marselha por 15 milhões de euros, assegurando, por sua vez, o empréstimo de Gabriel Barbosa, que chega oriundo do Inter. Contrariamente ao que se esperava, Hermes e Pedro Pereira vão continuar no plantel de Rui Vitória.
No FC Porto, o destaque do dia vai para a cedência do jovem Rui Pedro ao Boavista e de João Carlos Teixeira ao SC Braga. Já o guarda-redes Fabiano Freitas e o avançado Alberto Bueno foram reintegrados. Mas a cereja no topo do bolo foi mesmo o facto de ter conseguido segurar a dupla atacante Aboubakar/Marega. O Marselha queria o camaronês, Burnley e Brighton estavam interessados no maliano. Nenhum acabou por sair.
FC Porto e Benfica poupados, Sporting mais gastador
Mas vamos aos números. Comparativamente a outros anos, Benfica e FC Porto foram os que mais pouparam - no universo dos três ‘grandes’, claro. De acordo com o jornal A Bola, os ‘encarnados’ gastaram 7,35 milhões em reforços, ao passo que os ‘dragões’ desembolsaram ‘apenas’ um milhão (pelo guarda-redes Vaná). Valores bem abaixo dos 28,1 milhões de euros despendidos pelo Sporting, que investiu mais do triplo em relação aos rivais – comprou Acuña, Bruno Fernandes, Battaglia, Piccini, Ristovski e Matheus Oliveira.
Se tivermos em conta os dados da última temporada, a SAD benfiquista gastou agora muito menos (39,2 ME em 2016/17) e vendeu por quase o dobro (passou de 63,8 ME para 123,5 ME); o FC Porto também encaixou bem mais este verão (61 ME contra 13,2 há um ano) e gastou bem menos (30,5 ME em 2016/17).
Já o Sporting investiu um pouco mais em reforços do que há um ano (gastou 26,9 ME no ano passado). No que toca a vendas, confirmando-se os 29 milhões de euros da transferência de Adrien, os ‘leões’ arrecadam cerca de 77,5 milhões de euros, valor ligeiramente superior aos 76,7 ME encaixados na temporada passada.
Assim sendo, o Benfica volta a ser o clube português que mais ganhou nesta janela de transferências, superando a barreira dos cem milhões de euros (123,5 ME), para o qual muito contribuíram as saídas de Ederson (40M), Victor Lindelof (35M) e Nélson Semedo (30,5M). Seguir-se-á o Sporting, que até à venda de Adrien estava atrás do FC Porto, mas que agora pode saltar para a segunda posição no que toca a vendas: cerca de 77,5 milhões de euros.
Na última posição do pódio está o FC Porto, com mais de 60 milhões de euros averbados em vendas, valor carimbado com a ajuda de um nome: André Silva, avançado que rumou ao AC Milan a troco de 38 milhões. De referir ainda que os três ‘grandes’ juntos investiram um total de 36,45 milhões de euros.
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