O Benfica aproveitou o ataque informático a um dos escritórios de advogados que trabalha para os encarnados e que foi vítima do crime de violação e divulgação de correspondência para mandar 'farpas' ao FC Porto.
Na News Benfica, o clube da Luz aponta o dedo a Francisco J. Marques, referindo que o diretor de comunicação do FC Porto é o "porta-voz do roubo dos emails".
Confira o texto na íntegra:
"A prova inequívoca"
"A notícia de que pelo menos um dos escritórios de advogados que trabalha para o Benfica foi vítima recente do crime de violação e divulgação da sua correspondência privada, por parte do blogue que desde a primeira hora nos atacou, vem provar de forma inequívoca que estamos perante uma estrutura criminosa altamente organizada, profissional e acaba com todas as dúvidas sobre a origem e quem está por trás do roubo dos nossos emails, eliminando em definitivo a tese de que tal roubo poderia resultar de uma fuga interna.
Como se sabe, a face visível dessa rede criminosa tornou-se pública quando, através do Porto Canal, o diretor de comunicação do FCP surgiu como porta-voz do roubo dos emails, num crime que está sob investigação e que já levou à sua constituição como arguido, bem como de todos os administradores do FC Porto, neste caso pelo crime de ofensa a pessoa coletiva.
A coincidência de, na mesma altura, surgirem como figuras de destaque no Porto Canal elementos com ligações de amizade a um reconhecido hacker integrado numa rede internacional de cibercrime (e que se encontra em parte incerta) bem como o recente surgimento num canal de televisão, como elemento afeto ao FC Porto, do advogado desse hacker no passado, são sinais que tornam cada vez mais evidentes as ligações e as razões porque a alegada correspondência privada do Benfica foi ter às mãos do diretor de comunicação do FCP.
As motivações, o empenho no tempo, a estratégia meticulosa – com alvo (ou alvos) muito claro(s) – que não olha aos danos que provoca, seja de foro privado ou de direitos ao abrigo do segredo profissional, e ainda os meios alocados por esta rede criminosa, tornam óbvio que não se trata de um trabalho gracioso, até porque este tipo de cibercrime institucional e empresarial é encarado como um negócio por estas redes criminosas.
O cerco aperta-se e estamos certos que, a cada dia que passa, as autoridades estarão mais próximas de conseguir apurar todas as responsabilidades.
Mas também aumentam as preocupações. Porque uma rede criminosa que invade instituições também é capaz de facilmente ter acesso a correspondência privada dos mais diversos agentes desportivos – o que, somado a invasões de centros de treinos de árbitros e ameaças físicas e patrimoniais a eles e suas famílias, pode explicar muitos dos erros incompreensíveis a que temos assistido ultimamente.
São suspeitas legítimas perante o crime organizado que perdeu toda a vergonha, que se sente impune e que tem motivações e porta-vozes conhecidos".
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