O Benfica esclareceu hoje que a retirada de cachecóis do Sporting depositados junto à estátua de Eusébio no Estádio da Luz se deveu «tentativas de vandalização» e a «atos mesquinhos perpetrados por um pequeno grupo de pessoas».

«Os dois dias que vivemos desde a morte de Eusébio da Silva Ferreira demonstraram a sua dimensão universal e, embora referência do Sport Lisboa e Benfica, ele nunca foi nem o Benfica alguma vez o fez refém do clube porque efetivamente Eusébio foi e continuará a ser referência do País e do Futebol mundial», começa por dizer o comunicado publicado na página oficial do clube da Luz.

De acordo com a nota, durante a noite passada verificaram-se «tentativas de vandalização de alguns cachecóis e outros materiais depositados junto à estátua de Eusébio, atos mesquinhos perpetrados por um pequeno grupo de pessoas, ações nas quais o Benfica não se revê».

«Por isso, para salvaguarda de todas as ofertas depositadas junto à estátua de Eusébio e até à montagem da estrutura de proteção ontem [na segunda-feira] anunciada, em entrevista, pelo presidente Luís Filipe Vieira, todos esses materiais suscetíveis de sofrerem indevida vandalização foram recolhidos, bem como muitos outros depositados na porta 1, incluindo ainda os cachecóis que foram atirados para o carro funerário», sublinha a nota.

O texto explica ainda que, em breve, as oferendas voltarão a ser depositadas, “devidamente” protegidas, no seu local de origem.

«Todas as insinuações publicadas nas redes sociais não fazem o menor sentido, principalmente depois de tudo quanto vivemos nos últimos dois dias. A universalidade de Eusébio será sempre preservada e esta direção do Benfica faz questão de que assim seja, como já o demonstrou», conclui, referindo-se às questões veiculadas nas redes sociais, segundo as quais os cachecóis do Sporting estariam a ser retirados por clubismo.
Eusébio da Silva Ferreira morreu no domingo, às 04h30, vítima de paragem cardiorrespiratória.

O “Pantera Negra” ganhou a Bola de Ouro em 1965 e conquistou duas Botas de Ouro (1967/68 e 1972/73). No Mundial de Inglaterra, em 1966, foi considerado o melhor jogador e foi o melhor marcador, com nove golos, levando Portugal ao terceiro lugar.

Eusébio nasceu a 25 de janeiro de 1942 em Lourenço Marques (atual Maputo), em Moçambique.