Tal como já tinha acontecido com o Liverpool, a equipa de Jorge Jesus entrou no jogo algo sonolenta e os jogadores da Naval encarregaram-se criar um autêntico pesadelo para os líderes do campeonato, que entraram sob a pressão da vitória do Sp. Braga já na sexta-feira.
Quando muitos adeptos ainda procuravam o seu lugar, Fábio Júnior marcou logo o primeiro golo, deixando à vista o espectáculo de emoções fortes que se seguiria. O avançado ultrapassou David Luiz na linha de fundo e surpreendeu Quim com o remate quando se adivinharia um cruzamento.
Contudo, nem o golo sofrido serviu para despertar a equipa encarnada da letargia em que parecia mergulhada. Perante tantas benesses, a Naval aproveitou para chegar ao segundo golo. Com 12 minutos decorridos, foi a vez de Bolívia consumar um espectacular contra-ataque, com a defesa benfiquista completamente desarmada. Se alguém esperava um passeio para o Benfica na Figueira da Foz, essa ideia desvaneceu-se num ápice.
O despertador tocou então com estrondo na equipa de Jorge Jesus. Sem poupanças para o jogo com o Liverpool, Jorge Jesus viu a sua cartada mais surpreendente ter sucesso no lançamento da reviravolta. Weldon foi a escolha para acompanhar Cardozo e começou a facturar logo aos 17’, na sequência de uma recarga a um remate de Maxi Pereira. A festa do golo foi prolongada com o empate logo no minuto seguinte, com mais um cabeceamento certeiro do brasileiro.
A igualdade marcava um certo ‘reinício’ do encontro para Naval e Benfica. Os encarnados tomaram conta do jogo, mas a loucura dos minutos iniciais deu lugar a uma fase de maior estudo entre as duas formações. A equipa de Jorge Jesus corrigiu algumas marcações, mas não se livrou de mais alguns avisos dos figueirenses.
E se com o contra-ataque a Naval chegou à vantagem, foi com o contra-ataque que o Benfica se ‘vingou’. David Luiz lançou Di María em velocidade e o argentino finalizou com segurança diante de Peiser (36’). Um fim de primeira parte de sonho para esquecer a entrada de pesadelo.
A segunda parte prometia mais emoções, mas a expectativa acabou por não se confirmar. O responsável foi Cardozo, que ao assinar o 4-2 logo aos 54’, quebrou o ânimo figueirense e sentenciou a partida. O paraguaio apontou o 20º golo na Liga e igualou Falcao no topo dos melhores marcadores.
Jorge Jesus tentou então rodar um pouco a equipa, que levantou o pé do acelerador já com Liverpool no horizonte. No entanto, a Naval ofereceu uma excelente réplica e nunca permitiu um descanso total aos encarnados. Inácio estruturou bem a sua equipa para fazer uma surpresa, mas viu as suas ideias ruírem com a sucessão de golos benfiquistas. Uma vitória justa por 4-2, que deixa tudo na mesma no topo da classificação.
Comentários