Bernardo Ayala considerou hoje que a Assembleia-Geral da SAD foi um sucesso, visto que a aprovação de todas as propostas da Ordem de Trabalhos permite ao clube ficar detentor de 88% do capital social da sociedade.

O presidente da Assembleia-Geral da SAD justificou o sucesso da reunião magna por duas razões essenciais: “A primeira porque a aquisição permite que o Sporting fique liberto de dívidas a bancos, o que é uma bênção, não só porque isso envolve responsabilidade, mas porque o acordo com os bancos criava muitas limitações de gestão das receitas ao Sporting. Isto permite retirar dois bancos grandes do universo de credores do Sporting, o que nos dá uma agilidade de gestão que não se tinha. Depois, é um passo necessário para o Sporting ficar com 88 por cento do capital da SAD”.

Para o presidente da Assembleia Geral da SAD a reconversão das VMOC’s (Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis) abre um novo horizonte para o clube, uma vez que passa a ter uma margem de utilização de todo esse capital, como a busca de um investidor estratégico, se for o caso, sem que perca o controlo da Sociedade Anónima Desportiva.

Questionado se essa maior agilidade do ponto de vista financeiro conduzirá a um maior investimento no reforço da equipa de futebol, Bernardo Ayala deu uma resposta afirmativa, mas remeteu essa decisão para quem de direito.

“A minha resposta é sim, mas sou apenas presidente da MAG, não me compete tomar essas decisões. Verifico que há muito maior conforto financeiro hoje em dia e isso permite fazermos no futuro coisas que estavam fora do alcance, desde uma gestão com menos pressão até outro tipo de investimentos no estádio. Não temos ilusões e não há clubes desafogados em Portugal, mas os passos que se deram nestas negociações permitem-nos um conforto relevante”, frisou.

Sobre o terceiro ponto da Ordem de Trabalhos, a autorização à SAD por parte do clube para proceder à emissão de novo empréstimo obrigacionista até ao montante máximo global de 50 milhões de euros, Bernardo Ayala esclareceu que o mesmo se destina, essencialmente, à gestão corrente da SAD.

“É uma solução normal em várias SAD’s e o objetivo é garantir alguma tranquilidade de tesouraria. Não que ela não existisse sem o empréstimo obrigacionista, mas sendo o mesmo aprovado, e havendo outros em curso, a ideia é utilizá-lo para gestão corrente”, referiu Bernardo Ayala.