O presidente da FIFA, Joseph Blatter, mostrou-se surpreendido e crítico com os comentários do italiano Arrigo Sacchi em relação à presença de futebolistas de raça negra nas camadas jovens dos clubes italianos.
“O orgulho e a dignidade não são questões de cor da pele. [Estou] Surpreendido com os comentários de Arrigo Sacchi. Paremos com isto”, escreveu Joseph Blatter na sua conta na rede social do Twitter.
Há dois dias o ex-selecionador e técnico italiano, que passou por clubes como o Parma, AC Milan, Atlético Madrid e que foi também diretor desportivo do Real Madrid, disse que o futebol jovem italiano "tem muitos pretos" e "muitos estrangeiros".
“Não sou racista (...), mas penso que há demasiados jogadores negros também nas camadas jovens. A Itália não tem dignidade, não tem orgulho, não podem existir equipas com 15 estrangeiros”, referiu Sacchi numa cerimónia de entrega de prémios.
Palavras que levaram a uma reação do presidente da FIFA, com Blatter a dizer que “não há lugar para o racismo no futebol” e a condenar também adeptos do Chelsea que na terça-feira impediram a entrada de um homem de raça negra no metro de Paris.
O incidente, que foi gravado em vídeo, mostra os adeptos a gritarem “Chelsea, Chelsea, Chelsea” e “somos racistas e é assim que gostamos de ser”.
O clube de Londres, que empatou 1-1 com o Paris Saint-Germain na primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, já condenou a atitude dos seus adeptos, qualificando-o de odiosa.
“Este tipo de comportamento é odioso e não tem lugar no futebol nem na sociedade. Apoiaremos qualquer ação legal contra os envolvidos neste incidente e tomaremos as decisões mais pesadas possíveis”, prometeu o clube londrino.
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