O Boavista afirmou hoje que "praticamente caiu no esquecimento" o caso do seu adepto que ficou cego do olho esquerdo após ter sido agredido por "elementos policiais" antes de um jogo com o Vitória de Guimarães, em 2014.
O Boavista vai a Guimarães, no domingo (18:00), defrontar a equipa local para a 30.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol e esse foi o pretexto alegado pelo administrador da SAD ‘axadrezada’ Diogo Braga para recordar aquele incidente.
A vítima foi João Freitas, conhecido também por "Jota", um advogado que é simpatizante axadrezado e que perdeu a vista presumivelmente devido às agressões de que foi alvo por parte de elementos do Corpo de Intervenção da PSP.
"É uma situação que nos afeta, que toca toda a família boavisteira e que caiu no esquecimento de alguns, mas não nosso", disse Diogo Braga.
O dirigente lembrou que Guimarães foi palco de "outro caso", envolvendo um adepto benfiquista, que foi filmado.
"Este, infelizmente, não foi e por isso não foi tão mediático, mas teve consequências maiores", assinalou.
Diogo Braga frisou ainda que no próximo domingo, dia do Guimarães-Boavista, completam-se "932 dias" desde as agressões a João Freitas.
"São dois anos e meio e até à data não há despacho de acusação" nem notícia sobre a ação disciplinar alegadamente movida contra os elementos policiais envolvidos, acrescentou.
O administrador referiu, ainda, que João Freitas escreveu um livro intitulado O Futebol e o Sentido da Vida, cujas "receitas revertem na totalidade para os tratamentos do Edu", o avançado axadrezado de 19 anos que desde 2016 luta contra um cancro na perna direita.
O livro pode ser adquirido em diversas plataformas eletrónicas.
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