O presidente do Boavista mostrou-se hoje reticente face à eventual redução da I Liga de futebol para 16 equipas, em vez das atuais 18, afirmando haver "coisas mais importantes", como distribuir melhor as receitas.
VÍtor Murta falava à margem da inauguração do remodelado lar da formação ‘axadrezada’, designado Habitat da Pantera, que funciona num edifício de quatro pisos anexo ao topo norte do Estádio do Bessa, no Porto, e tem nove quartos, cozinha, casa de banho e, agora, uma sala de estar e outra de lazer.
"Ainda não recebemos a proposta, mas antes de pensarmos nisso temos de pensar noutras coisas que são mais importantes. Acima de tudo, que haja uma divisão das receitas mais equitativas", precisou o líder boavisteiro.
A diminuição do quadro competitivo da I Liga, com redução de 18 para 16 equipas a partir da temporada 2022/23, é uma das propostas de alteração que a Liga Portuguesa de Futebol Profissional está a equacionar, segundo anunciou o organismo no dia 07 deste mês.
"Há uma ‘décalage’ enorme de receitas entre o Boavista e outros clubes com a nossa dimensão", apontou Vítor Murta, referindo também que alguns desses clubes beneficiam de "fontes de receita", que não especificou, e que os ‘axadrezados’ não têm.
Vítor Murta reforçou o seu pensamento observando que tal proposta "não está ainda bem pensada".
"Vejo com grande dificuldade a alteração do quadro competitivo" da I Liga, concluiu.
Vítor Murta afirmou também que o acionista maioritário da SAD boavisteira desde esta temporada, Gerard López, irá continuar "independentemente do que aconteça", para depois acrescentar ter "a certeza de que o Boavista vai estar a competir na I Liga" na próxima época.
O Boavista ocupa o 15.ª posto da tabela classificativa da I Liga de futebol, com 25 pontos, ao cabo de 26 jornadas.
O dirigente foi também confrontado com a polémica reação do treinador do Rio Ave, Miguel Cardoso, após o golo que permitiu aos vilacondenses empatar com o Boavista no sábado (3-3), e respondeu que não quer dar importância ao sucedido.
"Ele pediu desculpa, mas tentou enquadrar aquele gesto em algo que ele entende justificável. Obviamente, não é justificável, foi uma falta de respeito ao Boavista e ao futebol em si", considerou.
O lar da formação do Boavista foi inaugurado em 2004 e tem servido para acolher atletas jovens oriundos de outras regiões portuguesas e de outros países, que não têm casa própria.
Comentários