O treinador do Boavista quer que a sua equipa enfrente o jogo com o Benfica, no sábado, para a 30.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, com "coragem e determinação" na busca do melhor resultado e, "se possível", da vitória.
Daniel Ramos anteviu hoje, em conferência de imprensa, o encontro com os encarnados, e começou por dizer que não iria "tecer muitos comentários" sobre o Benfica, que perdeu os dois últimos jogo para o campeonato, em casa com o Santa Clara (3-4) e fora como Marítimo (2-0), e viu o treinador Bruno Lage sair.
"O Benfica está a passar por uma fase menos boa, mas não deixam de ser os mesmos jogadores que já deram grandes alegrias [aos seus adeptos]. O que é evidente para todos é um Benfica menos eficaz, porque continua a criar oportunidades, mas comete erros defensivos", analisou, todavia, o técnico axadrezado.
Daniel Ramos afirmou esperar que o Boavista seja "dinâmico, forte e a tentar ter o máximo de bola possível", apelando a "uma grande entrega ao jogo" para, deste modo, "dar continuidade a muito" ao que de bom a equipa obteve após a paragem competitiva forçada pela covid-19.
O técnico considerou que seria errado pensar numa "tarefa facilitada" devido à crise encarnada. "A competência e a qualidade estão lá, o que nos compete fazer é reduzirmos ao máximo as grandes qualidades do Benfica, tentarmos ser fortes, olharmos para os pontos fortes do Benfica e respondermos muito bem", argumentou.
"Se respondermos bem a esse nível poderemos estar muito mais próximos do resultado que queremos. Se não formos tão competentes fica bem mais difícil, porque do outro lado vai estar uma equipa a querer dar uma resposta também boa para fugir da situação em que se encontra. Portanto, de facilidades não estamos à espera", reforçou.
Daniel Ramos sustentou também que ir à Luz "com a ideia de que defender bem chega" tornará tudo mais complicado.
"A equipa tem de ter capacidade de provocar também o erro, ter bola, colocar o Benfica atrás e ir atras das suas ideias de jogo" e não investir só na segurança defensiva que a tem caracterizado, referiu.
O Boavista, prosseguiu, também tem de pôr em campo as suas armas ofensivas para poder "equilibrar a balança e tirar proveito disso", criando oportunidades de golo e "esperar que haja eficácia" para as materializar.
"Nestes jogos, a eficácia é muito importante", assinalou Daniel Ramos.
Quanto ao seu futuro, o impasse mantém-se. A este respeito, o técnico considera que já atingiu os três objetivos que a direção lhe pediu quando o contratou para substituir Lito Vidigal.
O primeiro objetivo era "a manutenção, se possível de forma segura", a valorização de jogadores, o que foi também alcançado, pois "dois jogadores já deram retorno financeiro [Rafael Costa e Neris]", e uma equipa a defender bem, “o que já vinha de trás com o Lito Vidigal”, e melhor a nível ofensivo.
"Isto foi muito bem conseguido. Depois disto ficámos de falar e falar não é forçar, porque abdiquei de um ano de contrato com o clube quando para cá vim, porque a proposta era de um ano e meio, fui correto e disse que no final [da época] falávamos porque só me interessa continuar se for do agrado de ambas as pares. É dessa reunião que estou à espera e nada mais do que isso", explicou.
Daniel Ramos comentou ainda as notícias que dão Helton Leite como estando a caminho do Benfica. "É um guarda-redes de qualidade mundial. Pode ir para qualquer clube", considerou.
Para este jogo, o Boavista não pode contar com Ackah, castigado, Heriberto, emprestado pelo Benfica, e Fabiano Leismann e Breno, lesionados.
O Benfica, segundo classificado, com 64 pontos, defronta o Boavista, nono, com 38, num jogo da 30.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol marcado para sábado, às 21:15, no Estádio da Luz, em Lisboa.
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