Durante o seu discurso na Assembleia Geral do Sporting, Bruno de Carvalho apelou à união dos sportinguistas e deu como exemplo os castigos de que tem sido alvo.

"Continuo a achar que alguns sportinguistas não têm de facto noção dos tempos que estamos a atravessar, em que o presidente tem sido fortemente atacado e silenciado com castigos atrás de castigos, ora porque opina, ora porque critica de forma fundamentada. Devem fazer esforço de perceber que algo se passa. Quando já temos um ano e meio de castigos acumulados que vão ser mais, temos de verificar que temos de tomar uma decisão. Ou remamos todos para o mesmo lado ou não estamos conscientes do que está a ser feito. Ter dentro do Sporting quem esteja a compactuar com este terrorismo é triste. Há sportinguistas que fazem o trabalho que os nossos rivais querem", começou por dizer

"Continuamos a ser autofágicos e a arranjar problemas onde não os há, teimamos em caminhar em vários sentidos. Os castigos vão-se acumulando e eu vejo que os sportinguistas dizem que o presidente se põe a jeito. Talvez seja bom relembrar que o primeiro castigo se refere ao facto de ter dito que um associado não deixou nenhumas saudades ao futebol português, Vítor Pereira. O segundo vem de um pseudo envio de fumo, que não é fumo nenhum, para cima do presidente do Arouca. O terceiro por me terem perguntado se o lápis azul tinha mudado para a cor vermelha e eu ter dito que sim", acrescentou.

O presidente dos 'leões' pediu ainda a chegada de novos sócios de forma a aumentar as receitas da quotização.

"Íamos fazer um forte investimento das modalidades e era fundamental termos 175 mil sócios pagantes. Não atingimos esse número. Esta época continuámos a fazer o investimento, mas na próxima época já não o poderemos fazer. Ou se mobilizam e gastam menos tempo no Facebook em vez de chamarem amigos para serem sócios do Sporting, vamos ser obrigados a fazer um corte substancial naquilo que é o orçamento das modalidades", disse.

Bruno de Carvalho assegurou ainda que nenhum sócio que comparecer às Assembleias-Gerais do Sporting correrá riscos, mesmo quando têm opiniões diferentes.

"Enquanto eu for presidente do Sporting ninguém correrá nenhum risco, nem que eu próprio tenha de intervir. Desde o início do anterior mandato, está combinado que desde que se tratem de discursos bem estruturados, os sócios podem falar nem que seja uma hora", garantiu.

"Aquele a que chamam ditador e coreano combinou com o presidente da mesa da AG não cortar a palavra às pessoas", vincou.