Bruno de Carvalho deixou de ser presidente da SAD do Sporting e José Sousa Cintra já foi nomeado administrador, de acordo com documentos publicados hoje no portal do Ministério da Justiça.

A comunicação da sociedade que gere o futebol profissional do Sporting acontece depois de a destituição de Bruno de Carvalho da presidência do clube ter sido aprovada no sábado em Assembleia Geral, com 71% dos votos.

Noutro documento, é anunciada a designação de José Sousa Cintra para o cargo como representante do acionista Sporting. O antigo presidente do clube foi nomeado pela Comissão de Gestão liderada por Artur Torres Pereira, por sua vez nomeada pela Mesa da Assembleia Geral do Sporting.

Esta comissão e José Sousa Cintra deverão liderar os destinos do clube e da SAD até à realização de eleições para os órgãos sociais, previstas para 08 de setembro.

Hoje, Bruno de Carvalho tinha apagado uma referência à vontade de impugnar a Assembleia Geral de sábado, na qual os sócios votaram a favor da destituição do Conselho Diretivo do clube, por si liderado, embora reiterando a vontade de se apresentar a eleições, e o porta-voz da SAD, Fernando Correia, negou as notícias que davam conta de que Sousa Cintra teria sido impedido de entrar no Estádio José Alvalade.

Segundo o assessor, Bruno de Carvalho estava à espera de Sousa Cintra, nomeado pela Comissão de Gestão do clube, para “trocarem impressões e cumprir os formalismos necessários”.

“O próprio presidente do Conselho de Administração da SAD [Bruno de Carvalho] enviou duas mensagens a Sousa Cintra dizendo que estava à espera dele na SAD a fim de trocarem impressões e de ele ocupar o lugar para que foi designado, e cumprir os formalismos necessários”, afirmou, na ocasião, Fernando Correia.

Segundo o assessor, clube e SAD “são coisas distintas”, uma vez que o primeiro é o principal acionista do segundo, e Bruno de Carvalho considera que será “ainda presidente do Conselho de Administração da SAD até que se realize uma Assembleia Geral” de acionistas que “resolva o assunto, ao reconduzi-lo ou destituí-lo”.

No domingo, primeiro através de uma publicação na rede social Facebook e depois em entrevistas à TSF e à SIC, que pretendia impugnar a reunião e ir a eleições, previstas para 08 de setembro, dizendo que a assembleia estava "ferida de ilegalidades", depois de no sábado ter garantido que não se recandidatava "de certeza".

*Artigo atualizado