O presidente do Sporting mostrou-se desiludido este domingo com a realidade que encontrou no mundo do futebol, e voltou a falar da falta de apoio que sente por vezes, por parte de alguns sportinguistas, na defesa do clube de Alvalade no espaço mediático.

Em declarações aos sócios do Sporting nas comemorações do 25º aniversário do Núcleo de Almoçageme, Bruno de Carvalho não poupou nas críticas ao falar da realidade que conheceu no futebol português.

"Aqueles que tiveram a sorte, como eu tive, de receberem princípios e valores apanham ondas de choque tremendas no futebol. Há várias coisas que para mim seriam impensáveis ter de lidar e assistir. Eu vim de um mundo que não era fácil, o da construção da civil. Saí sem saudades, tenho de dizer, porque estava farto. Há momentos e há dias, porque ser líder também é ter momentos de solidão, em que tenho saudades desse mundo da construção civil, o que é inacreditável para quem estava tão farto", começou por dizer Bruno de Carvalho aos sócios do Sporting.

"Não é qualquer pessoa que tem coragem de fazer isso. Só um louco é que vinha para o Sporting e ia contra tudo e contra todos. Não quero mais nada do futebol; quando acabar esta aventura no Sporting não continuarei, de certeza absoluta. Política nem vê-la. Isso significa que não tenho medo", acrescentou Bruno de Carvalho para depois falar na falta de atitude aguerrida dos sócios leoninos na defesa do clube nos espaços mediáticos.

"Há uma linha que nunca passam… São defesas ‘semi-semi’. Quando lhes perguntam por Bruno de Carvalho baixam os olhos. Não defendem as ações e as visões do presidente do Sporting. Preciso de continuar a sentir que os sportinguistas querem prosseguir neste caminho", disse o líder leonino.

"Era para mim a maior satisfação poder servir o Sporting até ao último dia da minha vida", sentenciou Bruno de Carvalho.