O ex-presidente do Sporting Bruno de Carvalho anunciou hoje que vai estar ausente da Assembleia Geral do Sporting, no sábado, na qual vai ser votada a sua expulsão de sócio.
Bruno de Carvalho, assim como o seu antigo vice-presidente Alexandre Godinho, não vão falar na AG, por considerarem que os procedimentos a adoptar na reunião magna "ferem, mais uma vez, os Estatutos, os Regulamentos e a Lei, contrariando completamente todas as regras basilares de um estado livre, democrático e de direito".
Na segunda-feira, a Mesa da Assembleia Geral informou que Bruno de Carvalho e Alexandre Godinho teriam 15 minutos para apresentar a sua defesa, mas que as urnas de voto serão abertas logo no início da AG.
"Perante o conteúdo do comunicado de ontem [sábado] da MAG, onde informam que abrirão as urnas para votação no momento da abertura efectiva da AG, contrariando o nosso pedido expresso, os Estatutos, os Regulamentos e a Lei, não temos outra alternativa que não a já expressada por nós na carta de 12 de março [enviada à MAG], onde fomos peremptórios a comunicar que se tal sucedesse, não iríamos estar presentes na AG", lê-se.
Para Bruno de Carvalho, "a decisão da MAG viola claramente um direito consagrado na Constituição Portuguesa, que é o direito de defesa antes da deliberação".
"Isto quer dizer que abrir as urnas para votação sem terem sido previamente ouvidos os sócios visados, assim como os restantes associados terem tido a possibilidade de se pronunciarem e de serem esclarecidos, é uma clara violação da Constituição", considerou o ex-líder.
No final do comunicado, Bruno de Carvalho pede que esta seja uma "das mais concorridas [AG] de sempre da história do clube" e que os sócios, "de forma ordeira e responsável, exijam o cumprimento dos Estatutos, Regulamentos e da Lei".
Bruno de Carvalho, de 47 anos, presidiu ao clube ‘leonino’ entre 2013 e 2018, altura em que foi destituído do cargo, em Assembleia-Geral, tendo o Sporting anunciado na altura que este cometeu 12 infrações disciplinares.
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