Em entrevista ao jornal "Expresso", Bruno de Carvalho voltou a abordar o caso dos posts no Facebook, admitindo que não voltaria a escrever aquele texto, que acabou por resultar numa guerra entre jogadores, equipa técnica e direção.

"Não voltaria a escrever o post dos "mimados", até porque apaguei a página do Facebook. Há uma superproteção dos jogadores e eles com muita facilidade vão para um patamar de total incoerência. Os atletas não percebem que são seres normais, cuja profissão é jogar à bola."

O líder dos leões confessa que se sentiu traído depois do post de resposta publicado pelos jogadores.

"O sentimento de traição e deslealdade é o pior; se ficou combinado que nos iríamos reunir no dia seguinte, porque é que escreveram aquele post? Obviamente não me senti bem com aquilo. Precipitei-me, mas não fui o único", sobre a ameaça de processos aos jogadores.

Sobre a continuidade de Jorge Jesus, Bruno de Carvalho lembra que o técnico tem contrato.

"Já estamos a preparar o que aí vem."

Irónico, Bruno de Carvalho abordou a posição e Jorge Jesus que esteve do lado dos jogadores.

"Uma pergunta mais inteligente seria: quem é o líder do balneário? [R: O treinador.] Então acha que um treinador permitira que os jogadores fizessem aquilo que se escreveu ao seu presidente? Que os jogadores tinham virado as costas ao presidente, que se tinham recusado a treinar, e por aí fora. Só pode ser invenção da comunicação social, não é? Porque se fosse verdade era gravíssimo. Tem tudo de ser invenções não é? Porque senão era mau sinal haver um líder de balneário assim. E o líder de balneário é o treinador".

Sobre a forma como Jorge Jesus geriu a situação, Bruno de Carvalho considera que o técnico geriu bem.

"Partindo do princípio de que é tudo mentira, menos o post, sim, geriu bem."