Bruno Lage esteve presente, esta quarta-feira, na habitual conferência de imprensa de antevisão ao jogo diante do Nacional, referente à oitava jornada (em atraso) do campeonato. O treinador do Benfica falou sobre os últimos empates nos jogos mais recentes e assegurou que existem vários momentos do jogo em que a equipa precisa de melhorar.
Para além disso, comentou as ambições relativamente ao final da temporada e garantiu que o Benfica só depende de si próprio para se sagrar campeão nacional.
Diferenças nas equipas comparativamente ao primeiro jogo: "É a evolução de dois meses. Jogando duas vezes por semana, acredito que a equipa tenha tido tempo para treinar e consolidar processos. O facto de ter vencido o último jogo traz sempre uma energia muito positiva para a equipa. À partida, os onzes estão definidos. Olhámos muito para o que foram os primeiros minutos e para aquilo que o Nacional fez nos últimos tempos. O importante é que é uma equipa que joga em 4x4x2, com boa dinâmica, com saídas curtas e longas, com dinâmicas diferentes nos corredores laterais... Vai ser um jogo difícil. É sempre difícil jogar na Choupana. Queremos muito jogar o jogo, estamos preparados para jogar o jogo."
Rui Costa e a liderança no Natal: "A ambição deste clube é enorme. A seguir ao jogo do Monaco, foi lançado esse desafio, senti que podíamos conquistar o segundo lugar e aproximarmo-nos do primeiro, e esses objetivos mantêm-se. A pressão existe sempre, em particular, nesta posição, como treinador e jogador do Benfica. A nossa pressão é diária, de vencer todos os jogos, a exigência é máxima... Claro que eu, enquanto treinador, não posso ficar satisfeito com a segunda parte que fizemos. Fiquei satisfeito com as cinco alterações que fizemos e com as oportunidades criadas, que podiam ter valido outro resultado ao intervalo. Não fiquei satisfeito com a segunda parte. Agora, nada disso implica que o nosso objetivo não seja alcançado, e o nosso objetivo é chegar ao fim no primeiro lugar. Estamos melhor, numa posição em que dependemos de nós para sermos campeões, e acredito muito, pela resposta que os jogadores dão, que é com este plantel que a equipa vai ser campeã nacional ou vencer títulos pelo Benfica."
Dois empates nos últimos dois jogos: "Tenho dito que há momentos do jogo que ainda não controlamos como gostaríamos. Perguntou sobre os três meses... Olhámos para a equipa, reorganizámos, conhecemos a real posição de alguns jogadores, fomentámos o jogo ofensivo, criando diversas oportunidades de golo. Temos uma média de, aproximadamente, três golos por jogo. São factos reais do que fizemos nos últimos três meses, mas, neste momento, ainda sinto que há momentos do jogo em que temos de evoluir. Um deles é a forma como ainda não controlamos o jogo em certos momentos, com bola. Recuperamos a bola e perdemos, o que nos obriga a transitar defensivamente e correr o que não queríamos, o que traz um desgaste ainda maior. A evolução desses momentos procura-se no treino, com tempo, e o tempo de treino é repetir, é fazer acreditar os jogadores que podem evoluir. Temos de ter oportunidade de treinar alguns momentos de jogo que ainda não controlamos."
Risco de voltar a existir nevoeiro: "Com os jogadores, o que pensámos foi na realização do jogo. Não pusemos outra hipótese em cima da mesa, preparámos o jogo como temos vindo a fazer e estamos muito determinados para jogar. Queremos é jogar. Há um regulamento sobre estas situações. É o facto que é um jogo que se repete. A informação que tivemos é que, nos últimos dois meses, nada de especial aconteceu e encontramo-nos na mesma situação. Não quero dizer algo que não seja real, mas penso que o regulamento diz que, se o jogo não se realizasse amanhã, poderia ter de se realizar no dia seguinte, mas não metemos isso em questão. Temos muita ambição de jogar o próximo jogo. Jogar no dia seguinte? É uma coisa de cada vez. Primeiro, que o avião tenha condições para sair, aterrar no Funchal, chegar ao estádio, perceber se se pode realizar o jogo, e, aí sim, terei todo o gosto em responder."
Candidatura de Pedro Proença à FPF: "O que é que posso dizer? Não estava à espera dessa pergunta. Vejo Pedro Proença como uma pessoa com enorme capacidade de trabalho. A acontecer, só lhe desejo as maiores felicidades para que o futebol português continue a crescer e a evoluir."
Regresso de Luisão ao Brasil: "É um tema que não entra no nosso dia a dia. O Luisão foi uma referência enquanto jogador, foi capitão, trabalhou diretamente com as equipas técnicas anteriores. Nós não tivemos essa oportunidade. Acredito que, com tempo, eventualmente, o Benfica irá comunicar, se comunicar, alguém para essa posição. Cruzámo-nos várias vezes e que tenha sucesso nesse projeto."
O Benfica está no terceiro lugar no campeonato com 32 pontos e, se vencer, ultrapassa o FC Porto, que é segundo, com 34, ficando a um ponto do Sporting, que lidera com 36.
O Nacional, orientado por Tiago Margarido, segue em 13.º lugar com 12 pontos e apenas três vitórias nos 13 encontros já disputados, a última das quais no sábado, frente ao Moreirense, por 1-0.
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