A classificação final do desempenho dos árbitros já foi corrigida e publicada no site da Federação Portuguesa de Futebol. Na sede da FPF, Vítor Pereira, presidente do Conselho de Arbitragem, justificou o que aconteceu e anunciou um conjunto de medidas para a arbitragem na próxima temporada.

Vítor Pereira aproveitou para explicar o que aconteceu com a classificação dos árbitros, entretanto já corrigida, depois de um erro de introdução de dados. O líder da arbitragem disse que a norma aplicada na classificação dos árbitros era do conhecimento de todos os intervenientes e que a mesma foi aplicada de igual modo.

A classificação final, segundo Vítor Pereira, «foi o resultado do desempenho dos árbitros nos 836 jogos realizados na época passada e resultou do desempenho efetivo dos mesmos ao longo da época».

O líder da arbitragem portuguesa afirmou que a confusão gerada sobre a classificação final não se justificava

«O resultado final agora publicado mostra que o "burburinho" que se fez não tinha razão de ser. Mas temos uma visão alargada do processo e considerando as expetativas dos árbitros, não vemos mal nenhum em alterar a norma no sentido de permitir que, independentemente do número de jogos que cada árbitro faça, estes tenham o mesmo peso na classificação final», afirmou.

Apesar disso, Vítor Pereira reconheceu alguma razão nos árbitros que fizeram mais jogos, que se sentiam prejudicados com a classificação.

«Estamos a tentar encontrar uma norma que permite que o número de jogos seja o mesmo, quer um árbitro faça 20 ou 40 jogos. Assim, quem faz mais jogos, não sai prejudicado. Apesar disso, a norma foi aplicado em todo o seu sentido jurídico», sublinhou.

 Na época passada, houve um aumento de 93 por cento no número de jogos. Algo que, segundo Vítor Pereira, o Conselho de Arbitragem não estava à espera e não estava preparado para enfrentar. De 240 passou-se para 462 na Segunda liga, algo que teve grande impacto na classificação final.

Vítor Pereira afirmou ainda que é a Secção de Classificação quem determina o coeficiente e grau de dificuldade dos jogos.

O líder da arbitragem confirmou ainda que o penúltimo classificado dos árbitros, neste caso Paulo Baptista, não descerá de divisão, tal como seis árbitros assistentes que estavam em posição de descida.