O presidente do Marítimo, Carlos Pereira, comentou em declarações à Rádio Renascença, a decisão do Sporting de abrir as portas da Academia de Alcochete para os jogadores treinarem de forma individual. O dirigente dos insulares considera que houve um desrespeito pelo estado de emergência.
"Nunca é um treino individual, há muitas pessoas envolvidas, como o roupeiro, o pessoal da limpeza, o treinador, o adjunto, a curiosidade dos diretores. Seria melhor dar tempo ao tempo, porque quando regressássemos, regressávamos todos e quase em segurança", começou por dizer.
Para o dirigente do Marítimo, não há segurança neste cenário porque "há sempre a tendência da proximidade", acrescentando que "é muito perigoso fazermos essa antecipação".
Carlos Pereira defendeu ainda que a "a Liga já se devia ter pronunciado publicamente", referindo de seguida que "parece que já o fez informalmente, mas não é suficiente. No Decreto-Lei pensou-se no treino individual para os Jogos Olímpicos e abriu-se uma janela que foi aproveitada por aqueles que querem ser mais espertos que os outros".
Por fim, o presidente do Marítimo falou de um possível regresso do futebol português ao ativo. "Se eventualmente se reiniciar o campeonato, o que receio muito, apesar de todos o querermos, não é pelo dinheiro que o devemos fazer regressar. Devemos voltar ao campeonato, se tivermos condições de saúde. [No Marítimo] Após este estado de emergência já estamos a preparar os treinos. Vamos aguardar as indicações das autoridades de saúde. Eles é que são o barómetro e eles é que vão comandar a nossa vida desportiva em termos futuros", rematou Carlos Pereira.
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