O presidente do Marítimo, equipa da I Liga de futebol, confirmou hoje a saída do avançado nigeriano Maazou para os chineses do Hangzhouy Greentown, depois de as duas partes terem chegado a acordo.

Carlos Pereira referiu, à margem de uma ação solidária promovida pelo clube, que o Marítimo acabou por fazer um bom negócio: "Os negócios, quando são feitos, não podem ser considerados negócios da China. Neste caso, pode não ter sido o melhor, mas foi o que conseguimos para o momento que vivemos. Se analisarmos o pouco tempo que o Maazou esteve no Marítimo, podemos considerar que fizemos um bom negócio."

Com a saída confirmada do avançado nigerino, segundo melhor marcador da Liga portuguesa com nove golos, o mesmos de André André (Vitória de Guimarães) e de Talisca (Benfica), Carlos Pereira referiu que o Marítimo foi ao mercado e já terá concluído a transferência de um substituto.

"O mercado ainda não fechou. Há negociações em curso e nas próximas horas haverá novidades para divulgar. Há outras negociações que decorrem, mas que não vão resultar em saídas, pelo menos nesta janela de mercado. Provavelmente, amanhã (sexta-feira) teremos a chegada de um novo ponta de lança, no entanto, não podemos esquecer que o Marítimo tem uma equipa B que pode colmatar esta saída, mas, como não abundam muito, provavelmente até sexta teremos esse processo concluído", explicou.

O dirigente disse que o reforço que virá não joga em Portugal: "Gostava de poder adiantar o seu nome, mas o jogador ainda não está cá na Madeira e, por isso, não posso anunciá-lo."

Carlos Pereira confirmou ainda a contratação de Cristian Alex, um médio ofensivo de 21 anos, do Cruzeiro de Belo Horizonte, campeão brasileiro, mas que jogava nos tailandeses do Phuket FC e que se junta a António Carlos e Eber Bessa, dois jovens jogadores, também do Cruzeiro, que chegaram na semana passada ao clube.

"Cristian há muito que estava referenciado e a sua chegada é o retomar de uma parceria com o Cruzeiro, que, por motivos alheios, se fechou, mas que agora se abriu. São três jovens que vieram para se formar, esperemos que seja uma boa parceria para o Marítimo e para o Cruzeiro. Queremos que eles estejam no Marítimo o mais curto tempo possível. Queremos valorizá-los e transferi-los. Enquanto não tivermos o nosso estádio concluído será assim que procederemos", sublinhou o dirigente insular.

Quanto ao cabo-verdiano Heldon, transferido na época passada pelo Marítimo para o Sporting e que o clube madeirense pretendia reavê-lo, não foi possível, uma vez que o emblema de Alvalade acordou emprestá-lo aos espanhóis do Granada.

"Temos a cláusula, e exercemos essa cláusula sempre em função dos montantes oferecidos pelos outros clubes. Neste caso, tratou-se de valores muito acima daqueles que o Marítimo poderia oferecer e por isso deixámos cair esse direito de preferência", esclareceu.

Por último, na quarta-feira e durante a manhã de hoje, o presidente do Marítimo esteve reunido com o vice-presidente dos egípcios do Zamalek, no sentido de resolver o problema criado pelo médio-ofensivo Mohamed Ibrahim, que deixou o clube à revelia da sua direção.

"Está praticamente concluído e deverá ficar resolvido muito em breve", afirmou Carlos Pereira, que pretende ser indemnizado pelo Zamalek, seu antigo clube, que surge interessado no seu regresso ao Cairo.

Fonte próxima do processo, garantiu à Lusa que o Zamalek está disposto a pagar 600 mil euros ao Marítimo para resolver o problema, reavendo o jogador.