O presidente do Marítimo não gostou das declarações de Pedro Proença sobre a dívida de 5 milhões de euros deixada por Mário Figueiredo na Liga de Clubes, e criticou o presidente da Liga por ter levantado suspeitas sobre as relações familiares do antigo presidente do organismo e Carlos Pereira.

Depois das palavras de Pedro Proença ao Diário Notícias - Madeira sobre a dívida herdada na Liga de Clubes após a gestão de Mário Figueiredo, Carlos Pereira respondeu ao antigo árbitro internacional e atual presidente do organismo.

"É lamentável que esse senhor venha fazer insinuações familiares, quando se sabem que não existem. Ou deixaram de existir exatamente pelo desporto, porque eu não misturo as coisas. Tenho sempre a frontalidade de dizer às pessoas aquilo que penso, o que não é o seu caso", começou por dizer Carlos Pereira aos jornalistas, citado pelo jornal Record.

"Se formos a falar de contas, ele sabe muito bem que o Marítimo informou os clubes, a Liga e a Federação sobre os custos acrescidos que a Liga da atualidade tem feito em relação aos custos fixos, na ordem de um milhão de euros. Se for para falar em viagens, sabe muito bem esse senhor que já foi aos Estados Unidos ou China. Está farto de viajar, usando os valores das nossas multas para exercer uma feira de vaidades. Por isso, nem lhe reconheço autoridade moral, nem para criticar o que quer que seja, sabendo que aqui não existem salários chorudos, mas muito trabalho para fazer formação, promover a imagem da região e da instituíção, fazendo estádios e não hipotecando a nossa credibilidade", acrescentou Carlos Pereira para depois levantar outras questões sobre o futuro do organismo liderado por Pedro Proença.

"A Liga hoje não tem razão de existir e pode ser mesmo substituída por um departamento na federação. Para ver o desnorte e a falta de ligação na própria Liga, esta recebeu um presidente castigado, em reunião formal, para falar sobre arbitragem. Sabendo que não há nenhuma relação Liga/Arbitragem, mas FPF/Arbitragem. Por isso, vou aqui questionar se o Conselho de Disciplina, Conselho de Justiça ou Comissão de Inquéritos vão abrir um inquérito ao presidente da Liga, sobre aquilo que diz e aquilo que faz. Concretamente, acho que o Conselho de Disciplina deve abrir um inquérito ao presidente da Liga por ter recebido formalmente um presidente castigado [Bruno de Carvalho]. Nada tenho contra esse presidente, pois pediu - se calhar bem - uma reunião, mas nunca devia ter aceite, pois a legislação é feita para um lado e para o outro. Para a Liga, os observadores, os que mentem e os que não cumprem a regulamentação", atirou o líder maritimista.

"Basta que falem com outros presidentes para perceber o nível de insatisfação que existe no seio dos clubes. Uns mais receosos do que outros. Mas, como não sou assalariado desta instituíção nem de outra, não receio perder o meu vencimento", sentenciou.

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