A Polícia Judiciária suspeita que há uma 'toupeira' dentro da estrutura do Benfica, que poderá estar a passar informação para o exterior.

De acordo com o semanário Expresso, as autoridades estão a investigar esta hipótese já que, mesmo depois de o Benfica ter reforçado a segurança da sua rede, as informações sobre e-mails do clube da Luz continuam a ser divulgados.

"Não deve ser posta de parte a hipótese de, em alguns casos, a fuga de informação ter sido realizada por alguém com acesso privilegiado aos servidores do clube, dada a diversidade de contas que seria necessário comprometer para se aceder às informações que depois foram tornadas públicas", pode ler-se no Expresso.

Uma suspeita que é colocada de parte por fonte do Benfica, em declarações ao semanário.

"Foi tudo analisado, e essa história não existe. Não há qualquer 'toupeira' no Benfica. A tese mais forte está relacionada com uma ingerência externa, um hacker ou um grupo de hackers que terá entrado na rede do clube para sacar informações", disse a fonte do clube da Luz.

Ainda na mesma notícia do Expresso, é explicado que, após uma auditoria à segurança informática do Benfica, os responsáveis apontaram "comportamentos de risco operacional a Luís Bernardo, diretor de comunicação do Benfica, a Ana Paula Godinho, responsável pelo protocolo, e a Paulo Gonçalves, assessor jurídico e arguido no caso dos e-mails". Os responsáveis terão partilhado as suas passwords com alguns colegas de trabalho e, noutras situações, terão usado senhas fáceis de decifrar por piratas informáticos.

De recordar que esta semana o Tribunal da Relação do Porto proibiu o FC Porto e o seu diretor de comunicação, Francisco J. Marques de divulgarem mais e-mails do Benfica. A divulgação dos mesmos deu origem a uma investigação por suspeitas de corrupção e tráfico de influências.

No acórdão do tribunal ficou determinado que o FC Porto pode incorrer numa multa até 200 mil euros de cada vez que infringir a proibição de não revelar emails do Benfica.