Um juiz de Instrução Criminal da Comarca de Lisboa terá impedido a realização de buscas à Luís Filipe Vieira, no âmbito do ´Caso do emails`. A notícia é avançada pela revista ´Sábado` na sua edição desta quiinta-feira.

De acordo com a mesma revista, a "Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da Polícia Judiciária (PJ) preparou ao pormenor uma operação de buscas e apreensão de documentos", com cerca de 25 investigadores. As autoridades tinham identificado "cerca de 12 alvos (escritórios e residências) considerados prioritários para averiguar eventuais actos de corrupção relacionados com arbitragem e jogos de futebol".

A ´Sábado` escreve ainda que a constante divulgação de emails do Benfica por parte de Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto, no Porto Canal, levou a PJ a decidir em avançar rapidamente".

Mas, diz a ´Sábado", os pedidos de mandados judiciais, que previam, por exemplo, buscas às instalações do Benfica, ao gabinete e à residência do presidente Luís Filipe Vieira e do assessor jurídico Paulo Gonçalves, bem como à casa do comentador Pedro Guerra" não foram "autorizados por Jorge Marques Antunes, um dos juízes colocados na Instrução Criminal da Comarca de Lisboa".

O ´Caso dos emails` foi dado a conhecer no dia 6 de junho, depois de Francisco J. Marques, director de comunicação do FC Porto, ter revelado, no Porto Canal, uma troca de correspondência eletrónica, entre Adão Mendes, antigo árbitro de da Associação de Futebol de Braga, e Pedro Guerra, director de conteúdos da Benfica TV e comentador da TVI. O dirigente portista defende que a essa troca de emails mostra a existência de uma alegado "esquema de corrupção [na arbitragem] para beneficiar o Benfica".

O Benfica reagiu a este caso. Em comunicado, os ´encarnados` desmentem, "de forma veemente as falsas e absurdas insinuações do director de comunicação do FC Porto" e revelaram que vão avaçar com um "processo crime por difamação e outros processos que que se justifiquem".

Depois desta revelação, a Procuradoria-Geral da República fez através da agência Lusa, um pré-aviso de abertura de inquérito, anunciando também que o mesmo decorrerá no DIAP de Lisboa, depois de uma denúncia anónima. O caso também está está a ser investigado pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol.