Paulo Madeira classifica como «pesado» e «injusto» o castigo hoje dado a conhecer pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) ao central do Benfica Luisão, que estará afastado dos relvados nos dois próximos meses.
«É uma decisão pesada para o Benfica e que vai afetar muito em termos desportivos. Ainda não se sabe se este castigo tem implicações internacionais, mas, se assim acontecer, o Benfica fica a perder muito. Não só é um grande central como também o capitão do Benfica», começa por sublinhar Paulo Madeira, que considera que o recente castigo a Jorge Jesus num período de paragem do campeonato pode ter prejudicado as águias neste caso.
«Há uma semana os adversários falaram tanto do castigo imposto ao Jorge Jesus numa altura em que não havia campeonato, que talvez isso hoje tenha jogado contra o Benfica. Os adversários criticaram muito essa decisão e gostaria agora de vê-los a dizerem algo de semelhante em relação ao castigo exagerado ao Luisão», desafiou o antigo jogador do Benfica, que apelida o episódio que deu origem a todo o caso como uma «palhaçada».
«Foi mais uma palhaçada do árbitro do que propriamente uma agressão. É um castigo demasiado grande para aquilo que o Luisão fez. É uma decisão pesada e um castigo injusto, que pode hipotecar em termos desportivos a estrutura do Benfica», diz Paulo Madeira, que estranha ainda que seja a FPP a decidir sobre um incidente ocorrido num jogo amigável e no estrangeiro.
Soluções para Jorge Jesus
Consumado o castigo ao internacional brasileiro, Jorge Jesus tem agora de equacionar as alternativas e Paulo Madeira elege Jardel e Miguel Vítor como primeiras opções.
«O Benfica tem no plantel jogadores como o Jardel e o Miguel Vítor, que dão ao Jorge Jesus garantias. Mas claro que não é a mesma coisa», frisa o ex-jogador, que lembra ainda que Sidnei pode voltar a ser opção.
«É um jogador com que o Benfica não contava, mas que com este castigo pode vir a ser uma opção. É um jogador de futuro e que tem de jogar para atingir o patamar que todos lhe antecipavam», termina Paulo Madeira.
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