Declarações de César Peixoto, treinador do Paços de Ferreira, após o empate diante do Arouca.
Análise ao jogo: "Fizemos um bom jogo até ao golo sofrido. Era um golo fácil de anular. Se fizéssemos o que trabalhamos, evitávamos o golo. Tínhamos o jogo controlado. Depois do golo a equipa fechou-se e pela falta de confiança, quis segurar o resultado. Depois do golo do Arouca, um lance fácil de anular, a equipa jogou mais com o coração. A falta de confiança pesa e o Arouca numa transição ou outra voltou a criar perigo".
Primeira vitória adiada: "Penso que fizemos uma boa primeira parte. Corrigimos algumas coisas ao intervalo e tivemos uma entrada muito forte na segunda parte. Precisamos de uma vitória para a equipa dar o 'clique' e transformar-se. Hoje, num erro individual, colocámos tudo em causa. Nos primeiros 30 minutos do jogo dominámos. O Arouca poucas vezes chegou à frente. A equipa abdicou de jogar depois de marcar e jogou de forma mais direta. Não é o que pretendemos. Os jogadores querem muito ganhar, mas as coisas não têm corrido da melhor maneira. Um pormenor individual deitou tudo por terra".
Contestação dos adeptos: "Eles têm toda a razão. Estamos frustrados, queríamos muito vencer. A frustração dos adeptos é a mesma que as pessoas aqui sentem. É natural que estejam descontentes. Tal como é natural que o meu lugar seja posto em causa. É natural também que estejam outros treinadores a ver o jogo para entrar para o meu lugar, o Paços é um clube muito apetecível".
Tem condições para continuar? "Acredito no meu trabalho e os jogadores provaram que estão comigo. Os adeptos têm toda a razão, isso não está e causa. Se eu sentisse que os jogadores não estavam comigo, seria o primeiro a admiti-lo. Pelo contrário, acho que é um ponto a favor. A equipa está a crescer, já ganha mais duelos, tem mais alma e mais chegada à frente. Se há coisa que sinto é que os jogadores estão comigo, mas quando não se ganha, o culpado é o treinador. E eu, como líder deles, sou o máximo culpado".
O Paços de Ferreira, ainda sem vitórias, e o Arouca empataram hoje a um golo, em encontro da oitava jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado no Estádio Capital do Móvel.
A formação da casa adiantou-se no marcador aos 61 minutos, por intermédio do internacional argentino Nicolás Gaitán, ex-jogador do Benfica, mas, aos 84, o palestiniano Oday Dabbagh restabeleceu a igualdade.
Com o segundo empate seguido, após seis derrotas a abrir, o Paços de Ferreira passou a somar dois pontos, no 17.º e penúltimo lugar, enquanto o Arouca, que somou o quinto jogo sem ganhar, contabiliza nove, seguido no grupos dos décimos colocados.
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