Rui Rangel, candidato da lista B à presidência do SL Benfica, teceu duras críticas esta segunda-feira à lista adversária e lançou suspeitas sobre pressões feitas a Casas do emblema da Luz.

Assumiu-se como «benfiquista e homem do Direito», o juiz desembargador esteve na SIC Notícias para abordar vários temas relacionados com as eleições presidenciais do SL Benfica e lançar duras críticas à lista adversária.

«Não sei quem é o líder. Estou em dúvida. Não sei se é uma estrutura bicéfala ou mais que isso. Tenho dificuldade em perceber quem é o presidente da outra lista. Os debates servem para esclarecer os sócios. Eu até podia debater com os dois», começou por dizer Rui Rangel, antes de passar ao ataque a Luís Filipe Vieira.

«O Benfica é uma plataforma de múltiplos interesses. O Benfica está cada vez mais pobre e pessoas que gravitam à sua volta cada vez mais ricas. O Benfica está distanciado dos seus sócios. Tenho andado pelas Casas do Benfica e sei que há pressões relativamente a algumas Casas», acrescentou.

Rui Rangel assumiu-se como «benfiquista e homem do Direito» que pretende apresentar soluções para as dificuldades financeiras do clube da Luz. O juiz desembargador afirmou ainda que o Benfica «não é um clube de bairro» e que «não é o Alverca».

«O Benfica não é o Alverca, com todo o respeito. Não é um clube de bairro, faz falta ao país. Ainda não vi um programa ou uma sede de candidatura na outra lista. Provavelmente é o Estádio da Luz. O próprio canal do Benfica, até hoje, não despertou para um debate entre as listas. Todos têm sido recusados», afirmou.

Em relação ao passivo do Benfica, Rangel acusou a atual direção de não resolver os problemas do clube em prol de interesses pessoais.

«É uma realidade que o Benfica, hoje, é uma plataforma de negócios e múltiplos interesses. Cada vez está mais pobre, tem um passivo exponencial, e as pessoas à volta do futebol estão cada vez mais ricas. O Benfica potencia negócios, mas não é um negócio. O Benfica são os sócios, são as pessoas, e é nisso que queremos transformar o clube.»

«Jogamos com 11 estrangeiros e não lideramos o campeonato. Quero cuidar do Benfica em termos da sua dimensão nacional e europeia. Temos de ter a espinha dorsal da Seleção. O clube também não pode ter 95 jogadores contratualizados. É preciso reduzir essa massa», sentenciou o candidato da lista B.