António Laranjo (Lista A) e Mário Figueiredo (Lista B) disputam a sucessão a Fernando Gomes na presidência da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), nas eleições intercalares, que vão decorrer na quinta-feira, em Assembleia-Geral (AG), no Porto.

O futuro presidente da LPFP será oficialmente empossado às 18:30 do mesmo dia, após o sufrágio intercalar que envolverá os 32 clubes dos dois campeonatos profissionais, num total de 48 votos (dois de cada emblema primodivisionário e um de cada da Liga de Honra).

António Laranjo, administrador da REFER e anterior diretor do Euro2004, tem já o apoio declarado de Sporting de Braga e dos clubes da Liga de Honra, num total de 18 votos, devendo ainda contar com os votos dos três “grandes”, uma vez que recebeu elogios dos respetivos dirigentes.

O líder da lista A apresenta o deputado Couto dos Santos como candidato a presidente da AG e João Vieira de Carvalho à Comissão Disciplinar (CD).

Por sua vez, o advogado Mário Figueiredo (lista B), que conta com o apoio público do Marítimo e da União de Leiria, apresenta André Dinis de Carvalho para presidir à Mesa da reunião magna e Júlio Manuel Vieira Gomes para a CD.

No que diz respeito a questões programáticas e estratégias, António Laranjo prometeu apresentar ao Governo, se for eleito, um projeto de reenquadramento fiscal do futebol.

A revisão dos acordos das transmissões televisivas, com o foco na Liga de Honra, é também intenção do candidato da lista A, contando com a aparição das equipas B dos maiores clubes nacionais e com o alargamento da prova para 22 clubes.

Por sua vez, Mário Figueiredo pretende introduzir mecanismos de solidariedade na distribuição das receitas dos direitos televisivos e de publicidade, pretendendo ainda que sejam negociados em bloco e não de forma individual.

Ainda em termos programáticos, o advogado tem defendido, desde que tornou pública a sua candidatura, ser adepto de uma Liga principal com 18 equipas, mais duas que as 16 atuais.

A AG eleitoral da Liga de Clubes está marcada para as 14h30 de quinta-feira, na sede do organismo, no Porto.

O carácter intercalar das eleições deve-se à saída de Fernando Gomes, eleito em 10 dezembro para a presidência da Federação Portuguesa de Futebol.