O presidente do Santa Clara revelou hoje que a Comissão de Instrutores (CI) da Liga recomendou uma multa ao clube por não constarem dois jogadores sub-23 em três jogos da II Liga de futebol, como estabelecem os regulamentos.
"É uma notícia que nós estávamos a aguardar com tranquilidade, acreditando na justiça desportiva e naquilo que é a verdade dentro do relvado. Nós sempre defendemos que houve a violação de um dever de cuidado, ou seja, a questão de negligência, e que não houve qualquer intenção de causar dano nem no processo dos sub-23 nem no processo do treinador", disse Rui Cordeiro.
O presidente do clube, recém-promovido à I Liga de futebol, manifestou-se assim satisfeito com o facto de a CI ter descartado a hipótese de o clube ser sancionado com a perda de pontos, o que poderia implicar o impedimento de subida à I Liga.
"O Santa Clara subiu no relvado, foi mais competente, respeitando os adversários, aguardávamos com tranquilidade e serenidade pela conclusão desde processo de inquérito, sabendo, de antemão, que o futebol português precisa de pacificação, não precisa de continuar a alimentar este tipo de espetáculo mediático, que em nada o beneficia", sublinhou.
Em causa, estão os "processos disciplinares em curso" relativos aos jogos entre a formação açoriana e o União da Madeira, Gil Vicente e Varzim, das 25.ª, 26.ª e 27.ª jornadas da II Liga, respetivamente, nos quais não constavam dois jogadores sub-23, e ao facto de o treinador Carlos Pinto não ter formação adequada para treinar uma equipa de futebol profissional.
A administração do clube aguarda agora que o Conselho de Disciplina da Liga aceite a recomendação da multa pecuniária entre os "2.500 e os 10.000 euros" pelas três infrações disciplinares ao não incluir na ficha de jogo dois jogadores com idades inferiores a 23 anos.
À margem dessa decisão, Rui Cordeiro admite que a direção do clube açoriano já começou a preparar a próxima época desportiva, nomeadamente o "próximo treinador" do Santa Clara, que ainda não foi anunciado, e admite o interesse em José Couceiro.
"É uma das hipóteses que estão em cima da mesa, mas isto, tal como nas festas do Espírito Santo (nos Açores), o mordomo é apenas anunciado no fim da festa", admitiu.
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