O FC Porto atravessa um “bom momento” desde a paragem da I Liga de futebol para as seleções nacionais, frisou hoje o treinador Sérgio Conceição, tentando inverter o atraso para o líder Benfica nas cinco rondas finais.
“A equipa teve um comportamento muitíssimo positivo nestes últimos quatro jogos, mas sempre o teve ao longo da época. Nada fazia prever um ou outro acidente que tivemos e que nos custa muito, mas faz parte da caminhada das equipas. Fomos sempre atrás de retificar algumas coisas que não fizemos, mas estamos num bom momento em tudo: na atitude, no não adormecer [em campo] e no estar vivos. Por isso, não há que olhar para trás, mas para a frente”, direcionou o técnico, na conferência de imprensa de antevisão à receção ao ‘vizinho’ Boavista, no domingo, no dérbi da Invicta da 30.ª jornada da prova.
Os sucessivos êxitos logrados este mês sobre Portimonense (1-0), Benfica (2-1), Santa Clara (2-1) e Paços de Ferreira (2-0) permitiram aos campeões nacionais encurtarem de 10 para quatro pontos a desvantagem para as ‘águias’, que, além dessa derrota caseira sofrida no clássico da Luz, perderam na visita ao terreno do Desportivo de Chaves (0-1).
“São jogos e histórias diferentes e passa pelo momento das equipas. Sinceramente, não queria passar por eles, porque me dou muito mal. Os grandes campeões são aqueles a quem a vitória sabe a pouco e a derrota tem um sabor bastante amargo. Os títulos são normais para aqueles clubes que andam à procura deles. A anormalidade é quando não se ganha e aconteceram-nos momentos desagradáveis esta época”, reconheceu Sérgio Conceição, citando os empates com Estoril Praia (1-1, na sétima ronda) e Santa Clara (1-1, na 11.ª) ou os desaires diante de Rio Ave (1-3, na quarta) e Gil Vicente (1-2, na 22.ª).
Numa altura em que apenas João Mário está lesionado, o treinador mostrou-se “contente por ter boas dores de cabeça para formar o ‘onze’ inicial e montar a estratégia”, após ter superado com “superação e resiliência” os problemas físicos de vários nomes influentes.
“Agora, ter estado muitas vezes limitado nas escolhas nunca foi nem será uma desculpa, porque o meu discurso é que toda a gente é importante ali dentro. Não posso nem devo mudá-lo, já que é o meu sentimento. Se ganhar por 1-0 fico muitíssimo contente”, notou.
Em caso de triunfo do FC Porto, que já não perde com o Boavista desde 2007 e em casa há mais de 18 anos, Sérgio Conceição vai consumar a fasquia das 300 vitórias ao 498.º jogo do seu percurso como treinador principal, que ainda teve 99 empates e 99 derrotas.
O recordista de títulos e vitórias no comando dos ‘dragões’ vai atingir igualmente as duas centenas de duelos na I Liga à frente dos atuais detentores dos quatro principais troféus nacionais, mas vincou que “não liga muito” às marcas conseguidas no clube do coração.
“Sou jovem, mas tenho alguns anos como treinador e de vida pela frente. São números bonitos e redondos e, obviamente, ficamos contentes com esses registos, mas o mais importante são as vitórias que nos permitem festejar títulos”, concluiu Sérgio Conceição.
O vice-líder FC Porto, com 70 pontos, quatro abaixo do Benfica, recebe o Boavista, 11.º classificado, com 37, no domingo, às 18:00, no Estádio do Dragão, no Porto, no dérbi da Invicta da 30.ª jornada da I Liga, com arbitragem de Rui Costa, da associação do Porto.
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