O treinador do Benfica, Bruno Lage, deu uma aula tática na conversa desta quinta-feira com os jornalistas no Seixal.

O técnico setubalense explicou o modelo tático que impôs quando chegou ao clube da Luz e as alterações que pretende fazer no futuro.

"A equipa ainda tem de evoluir em muitas coisas. Às vezes analisamos as equipas em função da forma como joga o Manchester City ou o Barcelona, a construir a partir do guarda-redes, com a bola a passar por todos os setores, mas na minha perspetiva é errado porque temos de olhar para o conjunto de jogadores que temos à nossa disposição e perceber para onde os podemos levar, porque o que queremos é que tenham rendimento. E com os cavalos de corrida que temos, precisamos de os potenciar ao máximo", começou por dizer Bruno Lage.

"Olhando para a forma como o Pizzi joga entre linhas e a forma como ele e o João Félix aceleram o jogo, juntando o Seferovic, Rafa, Cervi, mais Grimaldo e André Almeida, vamos tirar aquilo que é o ADN da equipa e dizer-lhes que têm de fazer 50 ou 60 passes antes de chegar ao golo? Não é natural. É ir contra àquilo que eles querem oferecer à equipa. O que fizemos de inicio foi perceber os jogadores e como se podiam relacionar uns com os outros", prosseguiu.

"Nós crescemos em pequenas coisas e isso deu-nos o rendimento coletivo que tivemos nestes meses. Mas há muita coisa para trabalhar ainda, pois temos de ser mais consistentes a defender e a atacar, mas também ter equilibro que faltou em certos momentos, na ausência de um ou outro jogador", sublinhou.

Bruno Lage explicou ainda as coisas que pretende mudar na próxima temporada.

"O treinador não pode jogar de forma contra natura daquilo que os jogadores podem dar. É a partir deles que podemos criar a nossa forma de jogar. Depois é perceber que cada um dos jogadores nos dá coisas diferentes e a partir disso construir a nossa equipa", salientou

"São estas coisas que temos de preparar para cada jogo em função do adversário e utilizar os jogadores que nos podem dar mais em cada uma das situações", atirou.

O técnico setubalense explicou ainda que no início do seu trabalho na equipa principal do Benfica optou por dar liberdade aos jogadores para tomarem as decisões, mas sem descurar os posicionamentos.

"Em termos defensivos rigor absoluto, em termos ofensivos tivemos um meio termo. Disse aos jogadores que nunca iria por em causa qualquer decisão que tomassem em campo, porque são eles que jogam e que têm a bola, mas que iria ser muito chato no posicionamento. A partir daí fomos crescendo, fomos colocando o Pizzi mais perto do Seferovic, ou noutros jogos tinha de dar mais largura ou ainda vir à zona de construção para fazer de terceiro médio. Foi um processo evolutivo na forma de jogar à medida que fomos conhecendo os jogadores", finalizou.

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