O treinador interino do Sporting, José Couceiro, justificou o futebol lento e previsível da equipa de Alvalade frente ao Rio Ave com a «falta de confiança» dos jogadores leoninos.

O Sporting saiu de Vila do Conde com apenas 9 remates no jogo, contra 23 do Rio Ave. Na opinião do técnico leonino, a falta de velocidade dos jogadores deveu-se acima de tudo à «falta de confiança» e não ao «cansaço».

«O Sporting teve dois períodos completamente distintos. Na segunda parte e na parte final da segunda parte, a equipa libertou-se, teve mais confiança e conseguiu ter melhor qualidade do que teve no início do jogo. Não foi de estar mais cansada que não teve mais qualidade. Teve mais qualidade nessa parte final. É evidente que é preciso ter mais confiança, acreditar muito mais, ter essa capacidade para impor o seu jogo e para conseguir assumir muitos mais riscos. E quando as equipas não têm tanta confiança, evidentemente que correm menos riscos. Ao correrem menos riscos, o futebol é mais lento, mais previsível e é um futebol mais fácil para quem joga contra nós», disse José Couceiro no flash interview da TVI.

Questionado sobre a possibilidade das eleições no clube estarem a distrair os jogadores, José Couceiro confirmou que o ambiente em torno do clube, e da equipa, não é o mais favorável, mas adiantou que os jogadores têm que se abstrair das notícias e pensar em dignificar o Sporting.

«Nós não podemos de maneira nenhuma fazer de conta que as notícias não existem. As notícias existem, os jogadores lêem, ouvem e vêem televisão. O que temos é que perceber o momento que o clube vive, este momento eleitoral, e tentarmos, como eu tenho dito aos jogadores, que consigam demonstrar que têm capacidade porque está o futuro de toda a gente em jogo, e evidentemente que está o prestígio e a dignidade de um grande clube que é o Sporting, e portanto temos de continuar a ter atitude, temos que perceber que essas noticias vão continuar a surgir e nos próximos dias ainda mais vão surgir, mas não podemos arranjar uma desculpa com as noticias que surgem.»