David Carmo ganhou notoriedade no SC Braga, tendo rumado ao FC Porto este verão, mas chegou a vestir a camisola do Benfica nos escalões de formação, entre 2011 e 2013. Uma experiência que o central recorda em entrevista à revista 'Dragões'.
"Tive um atraso no crescimento e fiquei para trás em termos físicos em relação aos meus colegas. Admito que não estava ao mesmo nível e, se calhar, ter saído de lá foi a melhor coisa que me aconteceu", começou por dizer.
"Se me deixou muito abalado? Fiquei nos primeiros meses. Passava lá os dias todos, a minha vida era aquilo, os meus amigos também... custou-me muito, mas mais pelo lado de fora do futebol. Só que o meu pai nunca me deixou ir abaixo e disse-me que, se eu tivesse que ser jogador, não tinha de ser só ali. Há 1001 clubes e oportunidades, só dependia de mim, e deu-me força para continuar o meu trabalho", acrescentou.
Anos depois, David Carmo tornou-se na transferência mais cara da história entre clubes portugueses, depois de ter sido contratado pelo FC Porto por 20 milhões de euros.
"É uma pressão que me traz motivação. É uma responsabilidade e ainda bem que a sinto, porque não me deixa facilitar. Com a lesão ganhei muitas coisas em relação a isso, aprendi a ter prazer no que estou a fazer e a dar valor à sorte que temos de fazer o que gostamos. Vejo mais isso como uma motivação e uma responsabilidade boa", garantiu.
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