O futebolista brasileiro David Luiz saiu do Benfica pela “porta grande”, ao ser contratado pelo “colosso” inglês Chelsea por 25 milhões de euros, cerca de quatro anos depois de ter chegado ao clube lisboeta como um ilustre desconhecido.
David Luiz chegou ao Benfica no Natal de 2006, entrando a meio da época, vindo do relativamente pouco cotado Vitória da Bahia. Três meses depois, era titular indiscutível no eixo da defesa “encarnada”.
Tinha então 19 anos e ia tornar-se um caso de sucesso em termos de contratações do Benfica, a contrastar com tantos fiascos, ou quase, vindos do Brasil.
Segunda-feira à noite, a menos de uma hora de encerrar o "mercado" de Inverno, completou o percurso dos compatriotas mais afortunados, assinando pelo Chelsea por cinco anos e meio, num negócio em que o Benfica encaixou 25 milhões de euros e a cedência pelos ingleses, a título definitivo, do médio sérvio Nemanja Matic, que está emprestado ao Vitesse, da Holanda, até final da época.
Nascido em Diadema (São Paulo) a 22 de Abril de 1987, vai festejar os 24 anos já em Londres, num dos clubes com mais poder financeiro do mundo e que antes já "desencaminhara" outra das jóias da coroa da Luz, Ramires, companheiro dos portugueses Paulo Ferreira, Bosingwa e Hilário.
No Benfica, deixa saudades. Foi com a camisola da “águia” que deu nas vistas como jogador, tanto que até chegou à selecção brasileira, isto já esta época: alinhou a 11 de Agosto contra os EUA e depois a 17 de Novembro, contra a Argentina.
David Luiz deixa o seu nome firmemente ligado ao título nacional de 2009/2010, na primeira época de Jorge Jesus, que confirmou a confiança nele antes depositada por Quique Flores, depois de um arranque um pouco mais “tímido” com Fernando Santos e Camacho.
Os seus números na Luz foram sempre em crescendo: em 2006/2007, 14 jogos e na época seguinte 16 jogos e um golo. Em 2008/2009, já com Quique Flores, 27 jogos e três golos.
Domínio avassalador na época seguinte, com 50 jogos e quatro golos, grandeza de números que parecia repetir-se já esta época, da qual se despede com 37 jogos e um golo.
Ídolo das claques, nem o facto de ser brasileiro lhe beliscou o prestígio, tal a forma como aparecia a defender a imagem do clube, a antecipar sucessos, sendo um dos que mais procurou o título obtido no Verão passado.
A saída parecia mais que programada, depois das “sondagens” dos emissários de Manchester City ou Chelsea. Tanto que o Benfica não perdeu tempo e foi buscar ao Olhanense Jardel, outro brasileiro que se tem vindo a destacar como central.
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