Uma divergência com a direcção do FC Porto inviabilizou a organização de festejos em Paris após a equipa ter conquistado no domingo o título nacional de futebol, afirmou hoje à Agência Lusa um líder associativo.

«É uma divergência que vem de longe», declarou hoje em Paris o presidente da Casa do FC Porto na capital francesa, António Carvalho, empresário e presidente do FC Issy-les-Molineaux, adiantando:

«Temos ideias diferentes sobre a estratégia e a promoção da imagem do FC Porto no exterior, nomeadamente aqui em França.»

Por isso, a casa do FC Porto em Paris não organizou nenhuma comemoração no domingo à noite, para assinalar o 25.º título nacional de futebol, após a vitória (2-1) frente ao Benfica, no Estádio da Luz.

«É muito feio e é muito triste», resumiu António Carvalho à Lusa sobre «as diferenças que vêm desde há muito» entre a Casa do FC Porto em Paris, fundada em Maio de 2000, e a direcção do clube em Portugal.

António Carvalho acrescentou que “a gota de água” aconteceu em 2010, em torno da participação do FC Porto no torneio de futebol de Paris, que decorreu no Parque dos Príncipes.

«Fomos avisados com apenas um mês de antecedência pela direcção do FC Porto de que pretendiam fazer uma acção de promoção a 31 de Julho, o pior dia do ano para isso, porque é quando todos os emigrantes portugueses saem de férias para Portugal», recordou António Carvalho.

A contratação de uma empresa exterior pela direcção do FC Porto acabou por determinar o afastamento da Casa do FC Porto em Paris, acrescentou António Carvalho.

Em geral, o presidente da casa dos "dragões" em Paris acusa a direcção do clube de «não perceber as possibilidades de uma linha comercial dinâmica» para os portistas na região de Paris, incluindo em termos de mercado de jogadores profissionais.

«O FC Porto não sabe vender-se lá fora», concluiu António Carvalho.