O despacho que investiga o caso 'E-Toupeira' foi divulgado na internet esta sexta-feira. O blog Mercado de Benfica divulgou o documento, de 29 páginas, que pertencerá à 9.ª secção do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa (DIAP) e onde estão os pormenores da operação que tem Paulo Gonçalves, Assessor jurídico do Benfica, como um dos arguidos.

De recdordar que o documento está em segredo de justiça, apesar das várias fugas de informação.

A revista 'Sábado' avança que  José Silva, funcionário do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça, a trabalhar no departamento de informática dos tribunais de Fafe e Guimarães, terá acedido, de forma ilegal, a dez processos para passar informações a Paulo Gonçalves.

Entre os processos acedidos de forma ilegal por José Silva, está o 'Caso dos Vouchers', acedido mais de 80 vezes, entre 1 de setembro de 2017 e 29 de janeiro de 2018.  José Silva terá também acedido ao processo referente à denúncia feita pelo Benfica contra incertos por acesso ao sistema informático do clube, bem como o processo dos 'encarnados' contra o Porto Canal e Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto.

A 'Operação E-Toupeira' foi conhecida no dia 6 de março. Nesse dia, 50 elementos da Polícia Judiciária (PJ), um juiz de instrução criminal e dois magistrados do Ministério Público realizaram 30 buscas nas áreas do Porto, Fafe, Guimarães, Santarém e Lisboa. No mesmo dia foram detidos Paulo Gonçalves, assessor jurídico da SAD do Benfica, e José Silva, técnico de informática do Instituto de Gestão Financeira e Equipamento da Justiça.

Paulo Gonçalves foi detido para interrogatório e mais tarde libertado. Ficou ficou proibido de contactar com os outros arguidos do processo 'e-toupeira'. O outro detido no processo, José Silva, funcionário do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça, a trabalhar no departamento de informática dos tribunais de Fafe e Guimarães, indiciado por corrupção passiva, ficou em prisão preventiva.

Após o primeiro interrogatório judicial, o assessor jurídico da SAD benfiquista foi indiciado por corrupção ativa e quatro crimes de violação do segredo de justiça, estes em coautoria com o técnico informático José Silva, o qual, por sua vez, está ainda indiciado de um crime de corrupção passiva, favorecimento pessoal, peculato, burla informática, falsidade informática e nove crimes de acesso ilegítimo.

O inquérito, dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, tem por objeto factos suscetíveis de integrarem crimes de corrupção, peculato, violação do segredo de justiça, favorecimento pessoal, falsidade informática, acesso ilegítimo e burla informática, indica o mesmo comunicado.

*Artigo atualizado